A forte recuperação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas em 2022 reduziu a previsão de risco hidrológico para o próximo ano, quando a agência de classificação de riscos Fitch projeta um GSF de 0,85, acima do déficit de 0,80 esperado neste ano.
Isso significa que as hidrelétricas vão gerar, em média, 85% das suas respectivas garantias físicas, contra 80% previsto para 2022.
Segundo a Fitch, ainda que os reservatórios estejam no maior patamar desde 2012, o GSF do ano que vem está diretamente relacionado ao comportamento das chuvas no próximo período chuvoso, que vai de outubro de 2022 a abril de 2023. A agência destacou que, se o consumo de energia continuar na média atual, os reservatórios chegarão ao fim do ano em 45% da capacidade, patamar ainda confortável.
“No entanto, a eventual irregularidade das chuvas em períodos úmidos não descarta a possibilidade de um cenário desafiador no próximo ano”, diz a Fitch.
A agência afirmou ainda que, em março, as empresas mais expostas ao GSF em 2023 eram a Cemig e a Auren (antiga Cesp), com nível de contratação de, respectivamente, 100% e 86% da energia disponível.