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Com piora do resultado financeiro, Equatorial tem prejuízo de R$ 170 milhões no 2º tri

Com piora do resultado financeiro, Equatorial tem prejuízo de R$ 170 milhões no 2º tri

A Equatorial teve prejuízo líquido de R$ 170 milhões no segundo trimestre de 2022, ante o lucro de R$ 510 milhões registrado um ano antes.

A companhia informou ainda seu lucro líquido ajustado, de R$ 1978 milhões no segundo trimestre de 2022, retração de 55,8% em relação ao resultado obtido no mesmo intervalo do ano passado. O resultado ajustado desconsidera efeitos não recorrentes, com destaque para devolução de créditos de PIS e Cofins nas distribuidoras pela Equatorial Maranhão.

O desempenho no trimestre foi ainda muito afetado pelo resultado financeiro negativo da Equatorial, que cresceu 257,3% e chegou a R$ 1,1 bilhão. A piora aconteceu em função da maior taxa média de juros e do maior volume de dívida contratada, além da consolidação de novos ativos. 

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A receita operacional líquida da Equatorial cresceu 52% no trimestre, para R$ 6,5 bilhões, enquanto os custos de compra de energia elétrica avançaram 59,9%, a R$ 3,8 bihões, e as despesas operacionais tiveram alta de 71,9%, a R$ 925 milhões.

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O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 27,8%, a R$ 1,6 bilhão. O Ebitda ajustado, por sua vez, cresceu 47,5%, a R$ 1,8 bilhão.

A dívida líquida da Equatorial cresceu de R$ 10,3 bilhões entre abril e junho de 2021 para R$ 22,9 bilhões no mesmo período deste ano. A relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado cresceu de 2 vezes para 3,4 vezes.

Distribuidoras

A energia total injetada pelas distribuidoras da Equatorial no trimestre somou 10.701 GWh, ligeiro aumento de 0,8% na comparação anual. As duas únicas concessionárias com crescimento na energia injetada, contudo, foram Maranhão e Pará. 

E energia injetada pela geração distribuída nas seis áreas de concessão da Equatorial quase dobrou, saindo de 150 GWh para 292 GWh no período, e corresponderam a 2,7% da energia injetada total. Essa é a primeira vez que a GD chega a um patamar que exija demonstração nos resultados da companhia.

As perdas totais caíram de 24,3% da energia injetada para 23%, com retração nos percentuais de perdas proporcionais de todas as distribuidoras, com excessão da CEEE-D, que teve ligeiro aumento de 18,4% para 18,5%.

Os indicadores de qualidade do serviço das distribuidoras, que medem a duração e a frequência das interrupções no serviço, estiveram acima das metas regulatórias em cinco das seis distribuidoras no DEC e duas delas no FEC. A companhia citou, como motivos, chuvas atípicas e condições climáticas desfavoráveis.