O conselho de administração da Petrobras aprovou a distribuição de dividendos no valor de R$ 3,35 por ação preferencial e ordinária, valor que será pago em duas parcelas, em dezembro deste ano e janeiro de 2023. O anúncio era esperado para depois do fechamento do pregão de hoje, às 17h, quando está prevista a divulgação dos resultados do terceiro trimestre do ano. A companhia, contudo, antecipou a divulgação, em meio à polêmica levantada por entidades sindicais, que alegam que o caixa da companhia deveria ir para novos investimentos, e não ser distribuído aos acionistas.
A primeira parcela, de R$ 1,67, será paga em 20 de dezembro. A segunda, também de R$ 1,67%, será paga em 19 de janeiro. A data de corte será o pregão de 21 de novembro, e as ações serão negociadas ex-direitos a partir de 22 deste mês.
Segundo a companhia, a aprovação do dividendo proposto é compatível com sua sustentabilidade financeira no curto, médio e longo prazo, além de estar alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás. A União, que é sócia majoritária da companhia, leva uma parcela importante dos proventos distribuídos.
Antes mesmo de ser aprovado, o dividendo da Petrobras entrou na mira de entidades sindicais, que cobram mais investimentos pela companhia. A Federarão Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) informaram que vão iniciar ação judicial questionando a distribuição de proventos pela companhia, alegando que os recursos deveriam ter como destino a aquisição de refinarias, entre outros investimentos.
