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Neoenergia vende ativos e seu lucro soma R$ 1,5 bi no terceiro trimestre

A Neoenergia registrou lucro líquido de R$ 1,54 bilhão no terceiro trimestre de 2023, resultado de negociações como a permuta de ativos com a Eletrobras, que resultou na aquisição de 100% da operação da hidrelétrica Dardanelos para a Neoenergia, e pela venda de ativos para o Fundo Soberano de Cingapura (GIC). O lucro líquido foi 3% maior do que o registrado no mesmo período de 2022. O atraso na construção de um projeto de transmissão de energia, contudo, afetou negativamente os números da empresa no período.

Neoenergia vende ativos e seu lucro soma R$ 1,5 bi no terceiro trimestre

A Neoenergia registrou lucro líquido de R$ 1,54 bilhão no terceiro trimestre de 2023, resultado de negociações como a permuta de ativos com a Eletrobras, que resultou na aquisição de 100% da operação da hidrelétrica Dardanelos para a Neoenergia, e pela venda de ativos para o Fundo Soberano de Cingapura (GIC). O lucro líquido foi 3% maior do que o registrado no mesmo período de 2022. O atraso na construção de um projeto de transmissão de energia, contudo, afetou negativamente os números da empresa no período.

Faturamento maior nas distribuidoras

No período, houve ainda aumento de 4,7% na energia injetada no Sistema Interligado Nacional (SIN) pelas distribuidoras do grupo, incluindo geração distribuída (GD). Segundo a Neoenergia, este aumento se explica pelas temperaturas mais altas, pela reativação na economia e também pelo aumento no número de clientes. Segundo Leonardo Gadelha, CFO da Neoenergia, houve acréscimo de 317 mil novos clientes à base da empresa nos últimos 12 meses.

O Ebitda ajustado também aumentou 4% em relação ao terceiro trimestre de 2022, atingindo R$ 2,6 bilhões.

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Somente a venda de ativos para o GIC, que foi encerrada em setembro, rendeu R$ 1,1 bilhão para o caixa da Neoenergia no trimestre, e a aquisição do controle de Dardanelos respondeu por um acréscimo de R$ 1,5 bilhão para a Neoenergia.

Resultado financeiro negativo

Estes valores compensaram o resultado financeiro negativo, de R$ 1,1 bilhão, atribuído principalmente ao impacto negativo de investimentos mais altos que o previsto em novos empreendimentos da companhia, sobretudo no projeto de transmissão Vale do Itajaí. O projeto foi concedido em leilão de 2018 e passou por atrasos decorrentes da pandemia de covid-19, especialmente no licenciamento ambiental.

Em teleconferência com investidores na manhã desta quinta-feira, 26 de outubro, o CEO da Neoenergia, Eduardo Capelastegui, explicou que um trecho do projeto não teve licença prévia dos órgãos ambientais e não poderá ser construído conforme foi leiloado. Segundo o CEO, a empresa está em tratativas com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para encontrar uma solução para o impasse.

Fora do leilão de dezembro de 2023

Na teleconferência, Capelastegui também informou que a empresa não participará do leilão de transmissão marcado para dezembro de 2023. “É um leilão muito focado no lote 1, de corrente contínua, onde não temos sinergia e não é estratégico para a Neoenergia. Nosso foco agora é continuar com a entrega dos projetos de transmissão”.

Ainda em 2023, a Neoenergia espera concluir a entrega do projeto de Itabapoana e 1/3 do projeto Guanabara, ambos do leilão de 2018. Somando com outros avanços, a expectativa é que 50% da RAP referente a este leilão seja liberada até dezembro de 2023. Os projetos referentes aos leilões de dezembro de 2020, dezembro de 2021 e junho de 2023 estão avançando conforme o plano de negócios da empresa.

Na conferência com investidores, os executivos da empresa também comentaram suas expectativas sobre uma joint-venture com a Comerc anunciada no fim de setembro para desenvolver projetos de geração distribuída. Segundo o CEO da Neoenergia, a intenção é entrar no negócio de GD e “explorar oportunidades na nossa área de concessão para aproveitar um mercado que deve crescer três vezes nos próximos 10 anos”.