Depois de arrematar a Sulgás no leilão de privatização realizado na tarde dessa sexta-feira, 22 de outubro, na B3, a Compass quer investir na expansão da rede de gasodutos no Rio Grande do Sul, ao mesmo tempo em que espera novas oportunidades no mercado, diante da abertura do setor de gás.
“Dentro da Compass, nossa estratégia é replicar o modelo de gestão que temos na Comgás, em São Paulo. Agora, teremos oportunidade de somar os esforços junto com a Sulgás para seguirmos nessa trajetória”, disse Nelson Gomes, presidente da Compass, em entrevista coletiva concedida após o certame.
Segundo ele, em relação a outros ativos de distribuição de gás colocados à venda em outros estados, a Compass vai avaliar cada um deles.
“Vamos avaliar todos os ativos que vierem a mercado nos próximos meses e anos. Assim faremos com qualquer ativo que venha a mercado”, disse.
O executivo reiterou que o mercado de gás no Brasil está começando a passar por uma grande transformação, em que a expansão será por todo o país. “Não somos verticalizados, não participamos da cadeia de produção de gás, mas esperamos sim que com a abertura do mercado de gás natural no Brasil, novas ofertas passem a existir em todo o território nacional, inclusive no Rio Grande do Sul”, disse Gomes.
Do ponto de vista do negócio da Sulgás, a Compass vai lutar para ter diversidade de oferta chegando até o estado, afirmou.
Ainda não foi definido o plano de negócios da Sulgás, mas, sendo Gomes, a ideia é seguir a expansão da malha de gasodutos em todo o estado. “Em São Paulo, para se ter uma ideia, construímos mais de mil km de redes todos os anos e conectamos mais de 120 mil clientes”, disse.
Questionado sobre a aquisição do controle da Gaspetro, que ainda aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Gomes disse que a companhia ainda não tem informação sobre essa apreciação pela agência. “Sabemos que ainda precisamos de alguns meses para que o Cade chegue ao prazo máximo”, disse.