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Copel prioriza investimentos orgânicos em distribuidora, mas não descarta oportunidades no mercado

Privatizada há cerca de seis meses, a paranaense Copel vai concentrar os esforços em investimentos orgânicos em 2024, principalmente na sua distribuidora. Ao mesmo tempo, a empresa espera concluir seu programa de desinvestimentos ainda no primeiro semestre do ano, com a venda da Companhia Paranaense de Gás (Compagás), na qual tem 51% de participação.

Governador Carlos Massa Ratinho Junior participa da solenidade de posse do presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero. - Curitiba, 16/01/2019 - Foto: Arnaldo Alves/ANPr
Daniel Slaviero, presidente da Copel, em sua cerimônia de posse | Arnaldo Alves/ANPr

Privatizada há cerca de seis meses, a paranaense Copel vai concentrar os esforços em investimentos orgânicos em 2024, principalmente na sua distribuidora. Ao mesmo tempo, a empresa espera concluir seu programa de desinvestimentos ainda no primeiro semestre do ano, com a venda da Companhia Paranaense de Gás (Compagás), na qual tem 51% de participação.

Segundo Daniel Slaviero, presidente da Copel, já foram recebidas as propostas não vinculantes pelo ativo, e as vinculantes devem ser entregues até o fim de fevereiro. “Agora, estamos na fase de diligências, os interessados estão fazendo diligências para que possam fazer propostas vinculantes até o fim do mês”, disse Slaviero, depois de participar do Latim America Investment Conference (Laic), evento realizado pelo UBS em São Paulo nesta terça-feira, 30 de janeiro.

“Estamos bem satisfeitos com o nível de competitividade. O setor de gás não tem muita competição, mas estamos bem satisfeitos com o nível de interesse no ativo”, disse. 

Ano passado, depois de concluir a privatização, em agosto, a Copel deu um passo importante com a venda da termelétrica Araucária à Ambar, do grupo J&F. Não são descartadas mais desinvestimentos, mas agora de ativos de menor porte, como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) ou ainda centrais de geração hidrelétrica (CGHs), explicou. Para esses ativos, a companhia pode formar alguns blocos, para deixá-los mais atrativos.

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Uma última fase da reestruturação deve envolver descruzamentos de ativos, ou seja, a simplificação das estruturações societárias de empresas nas quais a Copel tem participação, minoritária ou majoritária. “Seria uma simplificação de portfólio”, disse.

Aquisições no mercado ou até mesmo em leilões estão na mesa, mas não são prioridade da Copel, pelo menos não em 2024. “As vezes, uma oportunidade boa aparece”, disse. “Precisamos estar preparados para quando a oportunidade chegar sermos competitivos”, completou.

A Copel também está de olho na definição das regras do leilão de reserva de capacidade previsto para esse ano, já que existe a possibilidade de que hidrelétricas possam participar. A hidrelétrica Foz do Areia, de 1.676 MWE de potência, pode ter o acréscimo de 800 MW a 900 MW em potência, e poderia participar do certame, caso as regras permitam.

“Estou muito animado. A gente considera que a Copel será um dos grandes benchmarks do setor nos próximos três a cinco anos, porque tem características únicas. É uma empresa madura, uma empresa com uma base de ativos muito relevante, uma empresa integrada integrada e que vai, nesse curtíssimo prazo, tirar suas ineficiências estatais. É essa a agenda de 2024 e 2025”, concluiu.