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Cosan espera inaugurar terminal de GNL de São Paulo no primeiro semestre de 2023

Cosan espera inaugurar terminal de GNL de São Paulo no primeiro semestre de 2023

A Cosan pretende entregar o primeiro terminal de regaseificação de GNL de São Paulo dentro do prazo esperado, no primeiro semestre de 2023, disse hoje Luís Henrique Guimarães, presidente da companhia, durante teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre do ano.

O empreendimento, que ficará no Porto de Santos e será administrado pela Compass, terá capacidade de regaseificação de 14 milhões de m³/dia, armazenamento de 150 mil m³ e investimento aproximado de R$ 670 milhões.

Os planos para o terminal não serão afetados pela crise global da dos preços do petróleo, em meio ao conflito entre Ucrânia e Rússia, que levou a uma disparada dos preços do gás. Segundo Guimarães, os contratos da unidade de regaseificação e da molécula do gás foram assinadas antes da disparada recente dos preços, em condições “bastante competitivas”.

Ao mesmo tempo em que mantém os planos para o terminal, a Cosan segue crescendo em distribuição de gás, e aguarda a abertura efetiva do mercado livre de gás no país.

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“Nosso sonho é o maior número possível de clientes livres, e que a gente se concentre na eficiência da distribuição”, disse Guimarães. Atualmente, segundo o executivo, falta “origem da molécula” com precificações diferentes para que este mercado se desenvolva. 

Novos projetos de geração de energia associados ao fornecimento de gás também são vislumbrados pela Cosan, que teria participação pequena nos ativos. “Os projetos de geração de energia sempre foram para geração de pipeline para consumo de gás, nunca foi nosso ‘core’ sermos donos de projetos termelétricos”, afirmou.

O avanço geográfico na distribuição de gás do país também deve ter um marco importante para a Compass até julho, quando a empresa espera ter um aval definitivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a aquisição do controle da Gaspetro. 

“Continuamos bastante otimistas em relação a isso, mas, obviamente, o Cade é soberano”, disse Guimarães.

Trimestre em números

No primeiro trimestre do ano, a Cosan teve lucro líquido de R$ 510,2 milhões, retração de 38,4%, devido ao aumento das despesas financeiras do grupo, por conta do aumento dos juros e efeitos de inflação.

A receita líquida do grupo subiu 54,2% no período, a R$ 34,7 bilhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 2,7 bilhões, alta de 4,8%.

A Compass Gás e Energia teve um aumento de 10,7% no volume de gás natural distribuído, a 1,261 milhão de m³, devido à entrada do volume da Sulgás, adquirida em 2021 em processo de privatização do governo do Rio Grande do Sul.

O Ebitda da Compass subiu 21,6%, a R$ 702,6 milhões, sendo alta de 19,9% no Ebitda da Cosan, a R$ 709,3 milhões, mais a adição de R$ 29,7 milhões da Sulgás, menos ajustes feitos na cifra. 

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