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Cosan foca em recompra de ações do grupo e da Raízen e Rumo

Cosan foca em recompra de ações do grupo e da Raízen e Rumo

O grupo Cosan tem como estratégia a recompra de ações da companhia e de suas subsidiárias Raízen e Rumo. A empresa pediu uma exceção para a B3, para que houvesse uma flexibilização para os acionistas efetuarem a recompra, com o objetivo de aumentar a liquidez dos papéis, mas com o compromisso que assim que o mercado se mostrar mais favorável, vender novamente. 

“No momento nós estamos muito insatisfeitos com a liquidez do papel e o nosso objetivo é que no decorrer do tempo essa liquidez aconteça. Nosso objetivo nesse momento é comprar ação, não com impacto imediato no volume, mas que isso vá retornar para o mercado, num momento que fizer sentido”, disse Marcelo Martins, vice-presidente de Estratégia da Cosan durante teleconferência com analistas.

O executivo ainda destacou que caso houvesse outras empresas listadas, elas também “entrariam no jogo. Nossa prioridade continuará sendo alocar capital onde a gente acredita que terá a maior geração de valor. Se nós tivermos que deslocar capital de outros negócios – que neste momento não tenham a mesma valorização e que não traga o mesmo valor – para isso, a gente vai fazer, como fizemos neste momento e acabamos de anunciar”.

A empresa divulgou comunicado ao mercado nesta segunda-feira, 21, anunciando a rescisão do Acordo de Investimento celebrado com a Porto Seguro e encerrando as tratativas para a formação da Mobitech, uma joint venture que teria atuação em mobilidade. 

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O comunicado seguiu as respostas dadas aos analistas para melhorar alocação de capital em seu portfólio e na geração de valor aos acionistas. 

Quanto à Compass Gás & Energia, Martins reforçou que a empresa perdeu dinheiro na comercialização de energia elétrica, mas que a reavaliação e foco no negócio, direcionado à comercialização de gás natural, trará novas oportunidades para a companhia. 

“Tem oportunidade para frente, talvez seja mais lento do que a gente previa no começo, mas a gente pode aprender e estruturar o que a gente sabe fazer de melhor”, disse.

“O desafio do mercado é criar demanda, não oferta, é criar infraestrutura, que é o que a Comgás criou ampliar a rede, conectar mais clientes, e não tem outro caminho que não a da eficiência e da expansão do cliente livre e da competitividade do gás para recurso energético”, contou Martins.

A subsidiária continuará a olhar oportunidades para expansão geográfica e replicar o modelo da Comgás, assim como ocorreu com a Sulgás, com a aquisição de 51% da participação detida pelo governo do Rio Grande do Sul na distribuidora, tendo sido a única a apresentar proposta, num valor de R$ 927.799.896,55, sem ágio. 

Sobre a aquisição, Martins contou que nesse momento entende que os primeiros 60 dias à frente da distribuidora de gás são favoráveis. “Posso dizer que temos um time de qualidade, ativo de qualidade, oportunidade de multiplicação, e o nosso time está satisfeito com a tese, porque ainda tem muito trabalho de base para ser feito, de cultura e otimização”.