A Cosan está se preparando para fazer a oferta inicial de ações (IPO) da Raízen nos próximos meses, indicou Marcelo Martins, diretor financeiro do grupo em coletiva com jornalistas, reforçando que a empresa possui o tamanho adequado, entregas e integração de portfólio, o que a coloca como pronta para financiar seu crescimento.
Segundo Martins, a Raízen será priorizada para IPO entre os demais os negócios, pois o “timing de mercado” para ela parece mais favorável do que para as demais áreas do grupo, após a aquisição da Biosev.
“A gente espera para os próximos meses que aconteça (o IPO), num bom momento, e se esse for o caso, o IPO vai acontecer o mais rápido possível”, contou Martins. Para ele, a companhia apresenta uma atratividade muito grande para o mercado e para a comunidade de ESG , “e esse é o público que nos interessa no fim do dia”.
A expectativa de crescimento da Raízen para os próximos anos será pautada na agenda de energias renováveis, seja cogeração, renováveis com cana-de-açúcar ou a indústria do açúcar.
Já a Compass, que chegou a abrir o IPO em setembro do ano passado, deve esperar mais um tempo para uma nova oferta de ações. Ainda segundo o CFO da Cosan, a abertura em 2020 estava relacionada a uma confiança no momento de mercado, mas que acabou caminhando para um “mês de setembro terrível”.
“Vamos continuar monitorando o mercado. Temos alguns passos que podem ser anunciados rapidamente, como a Gaspetro – ainda que os negócios não tenham competição – nós acreditamos que o timing será primeiro para a Raízen e depois para Compass”, concluiu o executivo.