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A CPFL Energia vai colocar em operação na cidade de João Câmara, no Rio Grande do Norte, um sistema composto por placas fotovoltaicas e baterias, off grid, com dessalinizador por membranas, capaz de produzir 100 mil litros de água potável por dia. O início da obra, que receberá R$ 8 milhões, está previsto para fevereiro de 2022, com prazo de conclusão de cinco meses. O custo de manutenção do sistema é de R$ 70 mil/ano.
O sistema será implantado na comunidade Santa Terezinha levando água potável aos moradores locais, conforme disposições legais de que empreendedores precisam atuar na promoção do bem-estar da comunidade em que atuam. A dessalinização é capaz de atender entre 900 e 1.500 pessoas, ou 180 residências, segundo informações do governo do estado.
A CPFL opera 29 parques eólicos no Rio Grande do Norte e produz atualmente 762 MWh, o equivalente a 20% da capacidade instalada no estado. Quatro outros parques, com capacidade para 82 MWh, entrarão em operação em outubro e outros 14 estão em fase de licenciamento.
O senador Jean-Paul defendeu a ampliação da parceria para levar benefícios a outras localidades rurais que também enfrentam problemas no abastecimento de água e sugeriu a atuação da CPFL no fornecimento de energia para os poços que estão sendo perfurados pelo governo do estado e que há dificuldades de conexão com a distribuidora local.
“Seria interessante se a gente pudesse analisar com vocês e com o grupo das eólicas, a possibilidade de acoplar placas solares nesses poços para servir de backup ou fonte principal de energia”, sugeriu em reunião o senador.
O presidente da CPFL Energia, Gustavo Estrella, disse que a empresa está de portas abertas para novas experiências. “Este é o primeiro projeto de dessalinização do grupo no Brasil, com tecnologia inovadora usada na China. Vai ser um grande piloto, e se for bem-sucedido, certamente iremos avaliar que outros usos poderemos ter.”
Em parceria com o programa de eficiência energética – lembrou Estrella -, a CPFL desenvolve placas solares para alimentar hospitais públicos na área de concessão em que a empresa atua. “Poderíamos pensar nesse tipo de parceria, usando o programa de eficiência energética, para viabilizar a conexão com esses poços”.