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Crise hídrica não deve afetar privatização da Eletrobras, diz Limp

A Eletrobras acredita que a crise hídrica não deve afetar o processo de capitalização da empresa, previsto para ocorrer em fevereiro de 2022, afirmou o presidente da companhia, Rodrigo Limp, nesta quinta-feira, 12 de agosto. Segundo ele, como os contratos da empresa são de longo prazo, a conjuntura atual não terá influência significativa para o valor das ações da elétrica. “Quando olhamos os contratos de duração de 30 anos, os momentos conjunturais acabam não refletindo tanto”, disse o executivo, em entrevista coletiva sobre o resultado da empresa no segundo trimestre.

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A Eletrobras acredita que a crise hídrica não deve afetar o processo de capitalização da empresa, previsto para ocorrer em fevereiro de 2022, afirmou o presidente da companhia, Rodrigo Limp, nesta quinta-feira, 12 de agosto. Segundo ele, como os contratos da empresa são de longo prazo, a conjuntura atual não terá influência significativa para o valor das ações da elétrica.

“Quando olhamos os contratos de duração de 30 anos, os momentos conjunturais acabam não refletindo tanto”, disse o executivo, em entrevista coletiva sobre o resultado da empresa no segundo trimestre.

Com relação à crise hídrica, Limp disse que o GSF (sigla em inglês para o fator que mede o risco hidrológico das usinas) deve passar por um período de valores elevados.

CNPE

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O executivo disse esperar que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) defina ainda este mês o valor de bônus de outorga das hidrelétricas da companhia que hoje operam sob regime de cotas e deverão ter um novo contrato de concessão após o processo de capitalização. A elétrica também prevê que o órgão também determine neste mês o valor dos aportes para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), no âmbito do processo.

O presidente da Eletrobras reconheceu que o cronograma da capitalização da empresa é “desafiador”, mas afirmou que a companhia está confiante de que o processo será concluído dentro do prazo previsto.

Cade

Pelo cronograma da capitalização, a Eletrobras prevê que a autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para o negócio ocorra em novembro deste ano. Questionado sobre o assunto, o executivo disse não acreditar que o órgão antitruste exija que a Eletrobras venda ativos ou mesmo faça o fatiamento da companhia, para realizar a privatização.

“Mesmo a Eletrobras hoje não tem um poder de mercado sobre os preços de energia. E não teria mesmo sendo privada”, afirmou Limp.

O presidente da Eletrobras lembrou ainda que o processo de capitalização da companhia prevê a segregação de Itaipu e da Eletronuclear para uma nova estatal, o que reduzirá a participação de mercado da elétrica. Além disso, o executivo acredita que, com o aumento da capacidade de investimento da Eletrobras, após a capitalização, a companhia vai gerar mais competição no setor, beneficiando os consumidores com preços menores.

“Acreditamos que não [que o Cade não faça exigências para a capitalização]. Mas cabe ao Cade fazer essa avaliação”, completou ele.

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