Operação

Custo com geração térmica cresce 75% em setembro

É o maior custo com geração térmica desde fevereiro de 2022

Complexo Parnaíba (Térmica) - Eneva (Divulgação)
Complexo Parnaíba (Térmica) - Eneva (Divulgação) | Eneva (Divulgação)

O custo com geração térmica subiu 75% em setembro em relação ao mês anterior, chegando a R$ 1,7 bilhão, segundo boletim publicado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). 

De acordo com o operador, este é o maior custo com geração térmica desde fevereiro de 2022 e reflete, principalmente, o maior despacho de usinas dentro da ordem de mérito, dado que houve elevação do Custo Marginal de Operação (CMO) ao longo do mês, de 94,25 R$/MWh no final de agosto, para 624,81 R$/MWh, ao final de setembro. A necessidade de despacho por razão elétrica para atendimento à ponta em quase todos os dias do mês também contribuiu com o aumento dos custos.

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Em boletim mensal de custos e valoração da segurança da operação, o ONS destacou que houve importação de energia do Uruguai em 15 dias do mês, com volumes de energia chegando acima de 5.000 MWh e preços variando entre R$ 500/MWh e R$ 1.900/MWh.

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Da Argentina, as importações foram realizadas em 14 dias de setembro, com volume entre menos de 5.000 MWh e 20.000 MWh. Já os preços ficaram entre R$ 500/MWh e R$ 1.900/MWh.

O custo com importação de energia foi de R$ 124 milhões no mês passado, o maior valor desde novembro de 2021, conforme dados do operador.

Segundo o ONS, o mês de setembro deve ter gerado uma receita de exportação de energia de R$ 9,3 milhões aos agentes termelétricos. Os volumes exportação foram para a Argentina e variam entre menos de 50 MW médios e mais de 150 MW médios.