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Desenvolvimento do polígono do pré-sal deve demandar US$ 99 bi em investimentos em 10 anos

Desenvolvimento do polígono do pré-sal deve demandar US$ 99 bi em investimentos em 10 anos

(com Camila Maia)

O desenvolvimento das atividades no polígono do pré-sal deve demandar investimentos de US$ 99 bilhões até 2031, de acordo com estudo divulgado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), nesta quarta-feira, 24 de novembro. Desse total, US$ 33 bilhões deverão ser aplicados em plataformas de produção, US$ 37 bilhões em poços e US$ 29 bilhões em sistemas submarinos.

Ao todo, está prevista a contratação de 27 navios plataformas (FPSOs) e 416 poços.

O documento, intitulado “Estimativas de resultados nos Contratos de Partilha de produção”, traz ainda projeção de arrecadação de cerca de US$ 116 bilhões, entre 2022 e 2031, com a comercialização de 1,5 bilhão de barris de petróleo que a União terá direito nos contratos de partilha de produção.

De acordo com o estudo, nos próximos dez anos, deverão ser produzidos 8,2 bilhões de barris de petróleo em regime de Partilha de Produção, sendo 1,5 bilhão de barris a parcela acumulada da União.

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Em 2031, a média diária de produção de todos os contratos será de aproximadamente 3,5 milhões de barris por dia, o equivalente a dois terços da produção nacional estimada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para aquele ano. Ao longo dos próximos dez anos, aproximadamente 70% da produção virá de projetos já com declaração de comercialidade. 

Em 2022, primeiro ano do período analisado nesta edição do estudo, a parcela de óleo da União será de 24 mil barris/dia. Já em 2031, estima-se a produção de cerca de um milhão de barris por dia, sendo que 431 mil barris/dia já tem declaração de comercialidade. 

As receitas com royalties e tributos, contribuição financeira devida pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro, devem somar US$ 92 bilhões no período de 10 anos, com pico de US$ 15,6 bilhões atingido em 2030.

Já as receitas com tributos (IRPJ e CSLL) devem somar US$ 77 bilhões em 10 anos.

As receitas totais, considerando a comercialização do óleo da União pela PPSA, os royalties advindos da produção em regime de partilha e os tributos recolhidos pelas empresas produtoras, poderão somar US$ 285 bilhões entre 2022 e 2031.