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Complexo Chuí impacta resultado do 1T21 da Omega; empresa reporta prejuízo de R$ 93,8 mi

Complexo Chuí impacta resultado do 1T21 da Omega; empresa reporta prejuízo de R$ 93,8 mi

A Omega Energia registrou um prejuízo de R$ 93,8 milhões no primeiro trimestre de 2021, um acréscimo de 81%, em relação ao registrado no primeiro trimestre de 2020, quando reportou resultado negativo de R$ 51,7 milhões. Segundo a empresa, o crescimento do prejuízo se deve à dívida do Complexo Eólico Chuí (582,5 MW), no Rio Grande do Sul, que foi incorporado ao resultado financeiro da empresa no balanço desse trimestre.

O complexo que pertencia à Eletrobras e Brave Winds foi comprado no final de julho de 2020, envolvendo R$ 1,5 bilhão em pagamentos e assunção de dívidas. No final do ano passado, houve a aprovação dos bancos para a negociação.

Para reverter o resultado, a Omega realizou uma emissão de debêntures verdes em março, no total de R$ 1,05 bilhão. O refinanciamento do valor junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também busca melhores condições para amortização do investimento em curso da eólica Gargaú.

A planta de Gargaú (28,05 MW), localizada em São Francisco de Itabapoana, no Rio de Janeiro, teve sua aquisição concluída em outubro de 2020, com a compra da totalidade das ações preferenciais da Asteri Energia.

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Enquanto ainda equaciona essas aquisições, a empresa confirmou a negociação de compra da expansão da eólica Assuará 4 e que já estuda adquirir a expansão de Assuará 5. Para o segundo parque, a negociação deve ser confirmada até o fim deste ano. A soma da potência dessas novas aquisições deve adicionar 450 MW ao portfólio de geração da companhia.

Complexo eólico Delta

No Maranhão, o complexo eólico Delta (426 MW), composto por 15 empreendimentos, registrou uma geração de 50 mil MWh acima de P50 no primeiro trimestre de 2021. Segundo a empresa, o motivo para a boa geração, revertendo as condições abaixo do histórico observados desde 2018, foi uma mudança na conjuntura climática da região.

Com isso a expectativa é positiva para a geração durante o ano. Conforme explicado aos analistas, a empresa verificou que as mudanças de temperatura do Atlântico Sul e Norte possuem um maior impacto nos ventos da região do que fenômenos como El Niño e La Niña.

O bom resultado ajudou a empresa a terminar o primeiro trimestre de 2021 com uma geração de 1.547,1 GWh, volume 3% acima do projetado, e que representou um crescimento de 144% em relação ao primeiro trimestre de 2020.

A capacidade instalada da companhia cresceu 56% no 1T21 na comparação com o mesmo período do ano anterior, saindo de 1.194,9 MW para 1.869 MW. O montante é o mesmo registrado no 4T20, sem evolução nos três primeiros meses deste ano.