A Echoenergia, plataforma de geração e comercialização do grupo Equatorial, assinou contrato público para migrar dez unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para o mercado livre de energia. As unidades estão localizadas nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A contratação ocorreu via leilão público e o valor do contrato é de R$ 78 milhões.
>> O futuro do mercado livre e a CCEE.
O acordo prevê 320 GWh oriundos da fonte eólica até dezembro de 2025, além da mitigação das emissões dos Gases do Efeito Estufa (GEE) da Fiocruz, evitando aproximadamente 48 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) anualmente.
O contrato inclui ainda a emissão de certificados internacionais de energia renovável (I-RECs, na sigla em inglês), que permitem a rastreabilidade renovável de todo o volume de energia consumido durante a vigência do contrato.
Para a Fiocruz, o ingresso ao ambiente de contratação livre (ACL) segue as ações da administração pública com compromissos socioambientais e pode ajudar a reduzir seus custos de energia.
“Adotaremos energia 100% renovável, com fonte rastreável, em dez unidades da nossa instituição. Trata-se de um caminho irreversível na busca de uma matriz energética condizente com nossa preocupação com o meio ambiente. Além de promovermos uma gestão ambientalmente mais responsável, esta iniciativa proporcionará uma economia superior a 60 milhões de reais anuais, o que significa mais recursos para nossas atividades finalísticas”, destacou Mario Moreira, presidente da Fiocruz.
Segundo Hélio Rafael, diretor de Vendas da Echoenergia, o acordo é estratégico, dada a natureza institucional da fundação.
Echoenergia
A compra da gestora pela Equatorial ocorreu em janeiro de 2022, por R$ 6,657 bilhões.
No momento, a Echoenergia soma cerca de 1,8 GW de capacidade operacional, sendo 1,2 GW oriundos de complexos de geração eólica no Nordeste e outros 574 MW de usinas solares nos estados da Bahia e do Piauí.