Geração

EDF avalia buscar sócios para projetos no Brasil

Um dos empreendimentos da EDF no Brasil é a eólica Serra do Seridó.
Um dos empreendimentos da EDF no Brasil é a eólica Serra do Seridó.

A francesa EDF Power Solutions confirmou que está avaliando a possibilidade de buscar sócios para algumas de suas subsidiárias no Brasil e na América do Norte.

“Este processo visa apoiar o crescimento de nosso portfólio de projetos de baixo carbono a longo prazo, mantendo o controle da nossa exposição financeira”, disse a empresa, em nota.

Recentemente, o grupo EDF uniu as divisões internacional e de geração renováveis sob a marca EDF Power Solutions. No Brasil, isso significou unir a EDF Brasil com a EDF Renewables, consolidando um portfólio de 2,7 GW em projetos de geração das fontes térmica a gás, hídrica, eólica e solar.

Segundo a empresa, a nova marca foi pensada para fortalecer seu posicionamento como “agente de soluções completas e inovadoras”.

A mudança faz parte de um movimento global do grupo a fim de integrar as atividades e expertise de ambas as organizações. Em nível global, a companhia está presente em mais de 25 países, somando 31 GW de capacidade bruta de geração.

“A companhia reforça que a abertura de capital para parceiros está alinhada com as atividades existentes da EDF power solutions, que se posiciona como líder em expertise industrial de baixo carbono e baseia-se em uma dinâmica de parcerias, reciclagem de capital e financiamentos externos para fortalecer seu impacto na transição energética. Além disso, a ação está alinhada com ambições até 2035 do Grupo EDF, de crescimento de suas capacidades instaladas de produção de energia de baixo carbono”, disse a EDF.

Prioridade: nuclear na França

Segundo a Reuters, a EDF também está avaliando sua atuação na geração nuclear, e está reduzindo o quadro de funcionários no exterior e desistindo de licitações em projetos nucleares em outros países. O objetivo, segundo a reportagem, é concentrar as atenções num grande programa nuclear doméstico sob o comando do CEO Bernard Fontana.

Quando foi nomeado, em abril, Fontana disse em audiência no parlamento francês que seu objetivo será desenvolver projetos de geração nuclear na França.

Além do país, a EDF deve manter a participação em concorrências nos Países Baixos, na Suécia e na Finlândia, onde tem maior chance de sucesso, segundo a Reuters.