O conselho de administração da Eletrobras aprovou um programa de recompra para até 10% das ações em circulação ordinárias (ELET3) e preferenciais B (ELET6), com o objetivo de otimizar sua estrutura de capital. O prazo máximo para liquidação das operações do plano de recompra é de 18 meses, até 2 de julho de 2024. Serão objeto do programa até 202,1 milhões de ações ordinárias e até 27,5 milhões de preferenciais B.
As ações poderão ser mantidas em tesouraria para atender os planos de remuneração baseados em opções de compra de ações. Além disso, os papeis poderão ser usados para saldar obrigações da Eletrobras decorrentes de passivos relativos a demandas judiciais referentes aos empréstimos compulsórios.
Segundo o Itaú BBA, o programa de recompra é uma boa notícia, já que as ações da companhia estão “extremamente baratas”. O banco afirma que os preços das ações da elétrica caíram substancialmente recentemente, em meio aos receios do que o novo governo poderia fazer com a companhia, que foi privatizada em 2022.
“Acreditamos que o estatuto da companhia a protege de uma intervenção do governo, devido ao teto de 10% no poder de voto e à poison pill“, disseram os analistas do Itaú, se referindo à clausula do estatuto que dificulta uma reestatização ao determinar que, para comprar o controle da empresa, é necessário fazer uma oferta por todas as ações no mercado, com prêmio de 200% sobre o maior valor dos últimos 504 pregões.
