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Eletrobras aposta em solares flutuantes em reservatórios para produzir hidrogênio verde barato

A Eletrobras pretende investir em usinas solares fotovoltaicas flutuantes nos reservatórios das suas hidreletricas, energia que poderá ser usada na produção do hidrogênio verde "mais barato do mundo", de acordo com Wilson Ferreira Junior, presidente da elétrica.

O presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Jr.
O presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Jr.

A Eletrobras pretende investir em usinas solares fotovoltaicas flutuantes nos reservatórios das suas hidreletricas, energia que poderá ser usada na produção do hidrogênio verde “mais barato do mundo”, de acordo com Wilson Ferreira Júnior, presidente da elétrica. 

O executivo participou do XI Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes 2022 nessa terça-feira, 25 de outubro, quando levou o prêmio de presidente de honra da cerimônia. 

“Nas usinas da Eletrobras nós vamos colocar o que chamamos de solares flutuantes. Temos reservatórios e linhas de transmissão, pretendemos aproveitar uma parte desses reservatórios para fazer as usinas do futuro, ou as usinas hibridas. Esse solar poderá alimentar o processo de eletrólise para produzimos o hidrogênio verde mais barato do mundo, dessa forma vamos encapsular o hidrogênio verde e transportá-lo para todo o mundo”, afirmou. 

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Wilson Ferreira Júnior prometeu tornar a Eletrobras a “maior empresa de energia renovável do mundo” nos próximos cinco anos, afirmando que o processo de privatização da companhia, ocorrido em junho, ajudou a tornar esse desejo uma realidade. 

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“Após a privatização da Eletrobras, ela passou a valer mais de R$ 105 bilhões, em 2016 valia R$ 9 bilhões. Antes, não era possível investir em nada, havia um caixa de investimento de apenas R$ 3,5 bilhões por ano. Hoje, temos a capacidade de investir mais de R$ 12 bilhões, usando a mesma métrica de investimento financeiro”, concluiu. 

Para o executivo, os atuais acontecimentos da Europa ligados à invasão da Ucrânia, como a crise energética no bloco e o aperto nos mercados globais de GNL em 2023, combinados aos recentes marcos legais instituídos no Brasil, podem resultar na entrada do mercado brasileiro de forma competitiva no exterior. 

A previsão também foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, presente no evento, que enfatizou o fato de empresas internacionais estarem vindo para o Brasil para investir, sendo motivadas pelas medidas do setor elétrico, como os recentes marcos legais e a melhora na economia. 

“Marquem minhas palavras: É a hora do Brasil. Esses investidores que saem da Europa e da Ásia estão atrás de um ‘porto seguro’, o Brasil será esse porto para esses investimentos, eles já estão vindo e será cada vez mais.”, disse Sachsida. 

Sobre os preços dos combustíveis, o ministro afirmou que o governo tem atuado para garantir gasolina, diesel e etanol mais baratos para a população brasileira, além de procurar tomar as medidas necessárias para baratear a conta de luz.

“ A questão das bandeiras está relaciona às chuvas, e, hoje, o regime está excelente. Essa semana soltamos duas portarias importantes para eólica offshore com potencial de gerar empregos no Nordeste e energia barata no Brasil inteiro”, destacou.