A Eletrobras avalia adquirir fatias minoritárias em empreendimentos de geração nos quais é sócia, disse Wilson Ferreira Junior, presidente da estatal, durante participação no evento Latin America Investment Conference, do Credit Suisse.
“Olhando a alocação de capital, há um conjunto de movimentos feitos por grandes usinas e temos direito de preferência. Avaliamos essas opções”, disse o executivo.
A Eletrobras é sócia em diversos ativos em processo de desinvestimento, inclusive as usinas estruturantes Belo Monte, no rio Xingu, e Santo Antonio, no rio Madeira. Caso os sócios privados decidam pela venda das usinas, a Eletrobras pode acompanhar nos desinvestimentos (o direito a tag along) ou exercer a preferência e comprar a participação dos sócios.
Além desses grandes empreendimentos, a Eletrobras também vê oportunidades na aquisição de participações minoritárias em projetos menores, como parques eólicos. “Devemos terminar o ano com 49 SPEs, mas haverá oportunidades também nessa área”, disse.
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Na noite de ontem, 26 de janeiro, a companhia informou o mercado que a Chesf comprou as aquisições remanescentes nos parques Pindaí I, II e III, por R$ 20,6 milhões. Com isso, as sociedades de propósito específico (SPES) serão incorporadas à controlada da Eletrobras.
Quanto à participação da Eletrobras em leilões, o executivo lembrou que a Eletrobras tem uma grande carteira de projetos eólicos desenvolvidos que podem ser contratados em certames, e que há interesse de participar novamente de leilões de transmissão. A companhia retornou aos leilões do tipo em dezembro do ano passado, depois de cinco anos ausente, mas não levou nenhum lote.
“Ficamos muito satisfeitos com o nosso resultado lá. Não fomos os últimos colocados, temos condições de avançar, mas, principalmente, tivemos respeito à disciplina de capital”, disse. Agora, a estatal tem pela frente um trabalho de otimização para ser mais competitiva nos próximos certames.
