A Eletrobras poderá migrar para o Novo Mercado da B3 após a operação de capitalização e privatização da companhia, afirmou o presidente da estatal, Rodrigo Limp, nesta quarta-feira, 14 de julho. Segundo ele, porém, não há previsão de que as duas operações ocorram simultaneamente.
“É possível que a gente faça no futuro a mudança para o Novo Mercado, mas não de forma concomitante [à capitalização]. A ideia é que se faça a capitalização e depois se avalie as possibilidades e benefícios da migração”, disse Limp, em entrevista ao Canal Energia, transmitida na tarde de hoje.
O Novo Mercado é o segmento de mais alto nível de governança corporativa da B3.
Segundo o executivo, com a descotização da energia das usinas que hoje operam sob regime de cotas, a Eletrobras terá que reforçar sua estrutura de comercialização de energia elétrica. “Teremos uma quantidade de energia muito significativa para comercializar”, explicou o executivo.
Limp contou ainda que a Eletrobras está estudando a realização de um plano de demissão consensual (PDC) ainda este ano.
Com relação ao projeto de capitalização e privatização da empresa, após a sanção pelo presidente Jair Bolsonaro da Lei 14.182/2021, esta semana, Limp afirmou que os próximos passos são a definição, pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), do valor de outorga a ser pago pela Eletrobras para a descotização das usinas e a realização de estudos sobre a segregação da Eletronuclear e da Itaipu Binacional do portfólio da Eletrobras.