Um dos ativos prioritários do plano de privatizações do governo federal, a Eletrobras prevê investir R$ 41,1 bilhões nos próximos cinco anos. O valor, incluído no Plano Diretor de Negócios e Gestão para o período 2021-2025, aprovado nesta quarta-feira, 23 de dezembro, pelo conselho de administração da elétrica, é 26,8% superior ao definido no plano anterior, com horizonte 2020-2024.
Do total previsto para ser investido nos próximos cinco anos, R$ 15,3 bilhões (37,2%) são relativos à retomada da construção da usina nuclear de Angra 3. Com quase 70% das obras concluídas, o empreendimento terá 1.405 megawatts (MW) de capacidade instalada e está previsto para entrar em operação em janeiro de 2027.
Para 2021, a Eletrobras prevê investir R$ 8,245 bilhões. Desse total, R$ 2,813 bilhões são destinados à Angra 3, R$ 1,431 bilhão previstos para sociedades de propósito específico (SPEs), R$ 1,82 bilhão para projetos de transmissão, R$ 1,498 bilhão para empreendimentos de geração e R$ 684 milhões para as áreas de infraestrutura e ambiental.
A meta da companhia para o próximo ano é estar entre as três maiores empresas do índice de energia elétrica (IEE) da B3, considerando a relação entre valor de mercado e Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). A elétrica também prevê agregar, em 2021, 181 megawatts (MW) de geração e 772 km de linhas de transmissão.
Com relação à diretriz estratégica de expansão da geração e transmissão da companhia até 2025, a Eletrobras destacou como metas a viabilização da conclusão de Angra 3, por meio de chamada pública internacional; o estabelecimento de um novo modelo de governança corporativa para a decisão de investimentos, seleção e priorização de projetos de geração; e a manutenção do portfólio estratégico de projetos internacionais, com identificação de portfólio de oportunidades de aquisição de projetos, principalmente de fonte eólica ou fotovoltaica de porte entre 30 e 100 MW.