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Eletrobras vende termelétricas para a Âmbar por até R$ 4,7 bi

A Eletrobras fechou acordo para vender 2 GW em termelétricas para a Âmbar Energia, do grupo J&F, por até R$ 4,7 bilhões, montante que inclui R$ 1,2 bilhão em earn-out (parcela que poderá ser paga pela compradora a depender de critérios do contrato). O negócio envolve ainda uma potencial parceria entre Eletrobras e Âmbar no futuro, caso esta última compre o controle da Amazonas Energia.

Eletrobras vende termelétricas para a Âmbar por até R$ 4,7 bi

A Eletrobras fechou acordo para vender 2 GW em termelétricas para a Âmbar Energia, do grupo J&F, por até R$ 4,7 bilhões, montante que inclui R$ 1,2 bilhão em earn-out (parcela que poderá ser paga pela compradora a depender de critérios do contrato). O negócio envolve ainda uma potencial parceria entre Eletrobras e Âmbar no futuro, caso esta última compre o controle da Amazonas Energia.

Segundo a Eletrobras, o risco de inadimplência dos contratos das termelétricas será integralmente assumido pela Âmbar. Desde novembro do ano passado a Amazonas Energia, distribuidora compradora da energia de parte das usinas vendidas, deixou de pagar pelos contratos.

Se a Âmbar comprar o controle da Amazonas Energia, a Eletrobras vai ceder à controlada da J&F os créditos que tem a receber da distribuidora e, em troca, vai receber uma opção de compra de participação na empresa.

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Esse foi o caminho encontrado pela Eletrobras para recuperar os créditos, que estão totalmente provisionados em seu balanço, por ser considerada uma dívida inexequível. Com a opção de compra, a empresa espera se beneficiar do valor a ser gerado caso a distribuidora tenha melhora operacional e financeira no futuro.

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O contrato contempla 13 ativos, todos localizados no Amazonas, exceto a termelétrica Santa Cruz, de 500 MW, que fica no Rio de Janeiro.

No portfólio do Amazonas, estão as usinas Mauá III, de 591 MW, UTE Aparecida, de 166 MW, UTE Anamã, de 2 MW, UTE Anori, de 5 MW, UTE Codajás, de 5 MW, UTE Caapiranga, de 2 MW, além do projeto da usina Rio Negro, de 188 MW, ainda não construída e sem contrato de venda de energia.

Também está no negócio um conjunto de produtores independentes de energia (PIEs) controlados por terceiros, com contratos de venda de energia para a Eletrobras até maio de 2025, quando seriam revertidos para o controle da companhia. A depender de um acordo com a Amazonas Energia, as usinas terão contrato de venda de energia prorrogado até novembro de 2030.

Neste grupo, estão as termelétricas Cristiano Rocha, Manauara, Jaraqui, Tambaqui e Ponta Negra, que somam 600 MW.