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Em novo acordo, Pecém pode ter investimentos de R$ 27 bilhões em hidrogênio verde

A empresa espanhola FRV firmou pré-contrato com o Governo do Ceará para a produção de hidrogênio e amônia verdes para exportação, especialmente para os mercados europeu e asiático. Batizado H2 Cumbuco, o projeto deve receber investimento de aproximadamente R$ 27 bilhões.

Em novo acordo, Pecém pode ter investimentos de R$ 27 bilhões em hidrogênio verde

A empresa espanhola FRV firmou pré-contrato com o Governo do Ceará para a produção de hidrogênio e amônia verdes para exportação, especialmente para os mercados europeu e asiático. Batizado H2 Cumbuco, o projeto deve receber investimento de aproximadamente R$ 27 bilhões.

A primeira fase do projeto contempla capacidade de 500 MW em eletrolisadores e a produção de 400 mil toneladas de amônia por ano, em investimento estimado em R$ 7 bilhões. Segundo o diretor-geral da FRV América do Sul, Manuel Pavon, a construção da planta deve começar em 2027, com início de operação previsto para “2029 ou 2030”.

Na segunda fase do H2 Cumbuco, deve ser acrescentada uma capacidade de 1,5 GW de eletrolisadores, atingindo capacidade de produção de 1,6 milhão de toneladas de amônia por ano. Esta fase deve receber investimento adicional de R$ 20 bilhões.

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A produção deve seguir requisitos regulatórios da União Europeia, com custo considerado competitivo pela empresa. “O Ceará tem um recurso renovável muito importante, porque o maior recurso solar e eólico do Brasil fica no Nordeste. A localização do Porto do Pecém, principalmente em relação à Europa e Estados Unidos, é também estrategicamente muito importante”, declarou Pavon em nota.

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O projeto prevê uso de águas residuais urbanas tratadas, e a FRV também assinou memorando de entendimento com a Utilitas Pecém, iniciativa da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e PB Construções para infraestrutura e saneamento básico.

Além da FRV, o estado do Ceará tem outros cinco pré-contratos assinados, com as empresas AES, Casa dos Ventos, Fortescue, Cactus e Voltalia. Até o momento, também foram assinados 37 memorandos de entendimento com empresas brasileiras e internacionais.

 

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