O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a agenda de transição energética terá “absoluta prioridade” em sua gestão, e que uma política energética “ambiciosa” será desenvolvida para a economia do hidrogênio no país. As declarações foram feitas durante evento de inauguração de uma planta piloto de hidrogênio verde da EDP Brasil, dentro do Complexo do Pecém, no Ceará.
A planta piloto, resultado de um projeto de pesquisa e desenvolvimento, começou a produzir hidrogênio há pouco mais de um mês, e fica no município cearense de São Gonçalo do Amarante
Essa foi a primeira viagem oficial do ministro Alexandre Silveira pela pasta. Segundo ele, o foco da política de hidrogênio verde será o aprimoramento dos marcos legais e regulatórios, a redução de barreiras aos investimentos, tanto para uso doméstico quanto para exportação, e a redução de custos e criação de empregos.
“Vamos unir o excepcional perfil renovável da nossa matriz elétrica e nosso invejável sistema interligado com a nossa pujante indústria da bioenergia e com a nossa indústria de óleo e gás e sua gigantesca capacidade de inovação e investimento, para fazer do Brasil um dos países mais competitivos na economia do hidrogênio. Não perderemos essa janela de oportunidade”, afirmou Silveira.
Segundo a EDP, a produção da molécula é a primeira etapa estratégica do desenvolvimento do Projeto Piloto de H2V no Complexo Termelétrico do Pecém (UTE Pecém).
A UTE Pecém é uma planta a carvão com 720 MW de potência. Para que o hidrogênio do projeto seja de baixo carbono, a EDP construiu também uma usina solar fotovoltaica de 3 MW de potência. No total, o projeto envolve R$ 42 milhões em investimentos.
“Ainda mais importante que a produção da primeira molécula, são o conhecimento e a experiência que essa iniciativa traz para a EDP e para o mercado de hidrogênio verde no Brasil. Agora, com a planta concluída e em plena operação, o que é pioneiro no país, o nosso foco é aprimorar o processo de geração, avaliar modelos de negócio, expandir a produção e estabelecer parcerias estratégicas com diferentes segmentos da indústria que podem utilizar o gás, além de contribuir para viabilizar a regulamentação do mercado no país”, disse João Marques da Cruz, presidente da EDP Brasil, durante o evento.