A Energisa comunicou ao mercado nesta sexta-feira, 10 de junho, que concluiu a aquisição das linhas de transmissão da Gemini Energy, concessionária de linhas de transmissão no Pará e Amapá, por R$ 822,5 milhões.
A operação foi anunciada em fevereiro. Após assembleia geral extraordinária realizada na manhã de hoje, o negócio foi concluído.
Segundo a companhia, depois do anúncio da aquisição, foi feita uma avaliação se a compra estaria sujeita a uma regra da Lei das S.A. que exigiria que a matéria fosse submetida ao aval dos acionistas. Uma empresa especializada concluiu que seria necessário, e foi feita a assembleia na manhã de hoje, que aprovou a aquisição.
A Gemini Energy, que tinha como sócias Perfin e Starboard, ficou conhecida por deter 85% da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), dona da subestação que pegou fogo e causou um apagão no Amapá no fim de 2020. A concessionária original do ativo era a Isolux, que entrou em recuperação judicial e vendeu os ativos aos investidores financeiros.
A companhia tem ainda 83,33% da Linhas de Xingu Transmissora de Energia (LXTE), que também pertencia à Isolux. Juntos, os ativos fazem parte do linhão Tucuruí-Manaus-Macapá, e operam sistemas de geração como Tucuruí e Xingu a centros de consumo do Pará e Amapá.
Um terceiro ativo é a Linha de Taubaté, concessionária de transmissão no Sudeste que faz a ligação entre Rio de Janeiro e São Paulo e tem 247 km de extensão.
No total, são 1.348 km de linhas de transmissão e 5.500 MVA em capacidade de transmissão. Todos os ativos foram adquiridos da Isolux.