A Energisa arrematou a concessão da Companhia de Distribuição de Gás do Espírito Santo (ES Gás), pelo valor de R$ 1,423 bilhão, em leilão realizado nesta sexta-feira, 31 de março, na sede da B3, em São Paulo.
A empresa disputou com a GR RJ Empreendimentos e Participações, da colombiana Promigás, e levou a distribuidora de gás, após 12 lances no viva-voz, cm valor mínimo de R$ 5 milhões entre as propostas, representando um ágio de 7,28% em relação ao valor inicial da outorga fixa ofertada, de R$ 1,326 bilhão.
Ricardo Botelho, presidente do grupo Energisa, destacou que a licitação é um movimento importante para o crescimento e diversificação do portfólio em sua atuação na cadeia do setor energético.
“O passo que demos hoje, com a entrada no mercado de gás natural, representa uma alavanca para a materialização desse propósito”, destacou Botelho, sobre o objetivo da companhia em ser protagonista da transformação energética com a construção de ecossistema de soluções energéticas.
Além disso, Botelho destacou que a prioridade da companhia será a de “investir para garantir o melhor atendimento para os nossos clientes, e aportar soluções eficientes e investir na concessão”.
A ES Gás, então sociedade de economia mista, tem o governo do Espírito Santo detentor de 51% do capital e a Vibra Energia, dos demais 49%. A empresa é a atual distribuidora de gás natural no Espírito Santo, com contrato de concessão até 2045, atendendo cerca de 70 mil consumidores, em 13 municípios, com volume médio comercializado de 2,2 milhões de metros cúbicos por dia em 2022.
O edital de privatização da ES Gás foi publicado em 10 de fevereiro, tendo como objetivo, conforme os órgãos responsáveis, a melhora da qualidade dos serviços de distribuição de gás natural nos municípios atendidos pela empresa, além de dinamizar o investimento em infraestrutura pela iniciativa privada.
A desestatização foi autorizada por meio da Lei Estadual nº 11.507/21, assinada pelo governador Renato Casagrande, sob o argumento de que a decisão proporcionará um ambiente mais propício para impulsionar o uso e o desenvolvimento da distribuição de gás canalizado na região.
“A ES Gás é uma empresa moderna e que nasceu nos moldes do Novo Mercado de Gás. Recentemente, inauguramos o gasoduto de Cacimbas, em Linhares, e agora passamos por um momento importante para o Espírito Santo e o Brasil com a desestatização. Queremos que o gás natural seja um instrumento de desenvolvimento do Estado, pois acreditamos que essa possa ser uma energia de transição para a nossa indústria”, destacou Casagrande.
O portfólio da Energisa abrange dez distribuidoras, 12 concessões de transmissão, geração de grande porte renovável, a (re)energisa, com geração distribuída por fonte renovável, comercialização de energia no mercado livre e serviços de valor agregado, além de uma central de serviços compartilhados, uma empresa de contact center e a fintech Voltz.