A Eneva obteve lucro líquido de R$ 362,6 milhões no terceiro trimestre de 2021, aumento de 552,7% na comparação com o mesmo intervalo de 2020, quando seu resultado somou R$ 55,6 milhões.
O resultado reflete a melhora operacional e financeira da companhia, depois que todas suas termelétricas permaneceram despachadas dentro da ordem de mérito durante o trimestre, em uma resposta à piora do cenário hídrico do país. O despacho médio das usinas atingiu 98% entre julho e setembro, contra 24% no mesmo período do ano passado.
A geração total de energia da Eneva somou 4.280 GWh no trimestre, ante 1.064 GWh gerados no terceiro trimestre do ano passado. A termelétrica Parnaíba II teve uma manutenção corretiva entre 19 de junho e 17 de julho, mas desde então voltou a operar em total capacidade.
A receita operacional líquida da companhia mais que dobrou, saindo de R$ 562 milhões para R$ 1,53 bilhão. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 97,5%, para R$ 547,4 milhões, enquanto o Ebitda excluindo poços secos subiu 98,6%, para R$ 572,7 milhões.
Com maior despacho da unidade de tratamento de gás (UTG) da companhia, a produção de gás acumulada subiu de 0,2 bilhao de metros cúbicos (bcm) para 0,72 bcm na comparação anual. A companhia também elevou suas reservas de gás, que eram da ordem de 27 bcm em setembro do ano passado, para 30,7 bcm em setembro deste ano, por conta da incorporação de reservas na Bacia do Parnaíba e no Campo de Azulão, na Bacia do Amazonas.
Outro ponto positivo do balanço foi o resultado financeiro, que veio positivo em R$ 56,5 milhões, contra o resultado negativo de R$ 96 milhões obtido um ano antes. Isso foi possível pelas menores despesas com encargos de dívidas e juros sobre debêntures, o recebimento de multa e juros após êxito em uma ação judicial, e também marcação a mercado da perspectiva de realização dos contratos futuros da Eneva Comercializadora.
