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Engie estuda elevar distribuição de dividendos em 2020

Novas Cédulas de Real / USP Imagens
Novas Cédulas de Real / USP Imagens

A Engie Brasil Energia (EBE) estuda a possibilidade de aumentar o percentual de distribuição do lucro líquido aos acionistas, em forma de dividendos ou juros sobre capital próprio, (“payout”) em relação ao exercício de 2020. A decisão será tomada no resultado do quarto trimestre e consolidado deste ano.

“É possível que a gente avalie e tome uma posição favorável a um payout mais generoso no fim do ano”, disse o diretor-presidente da EBE, Eduardo Sattamini, durante teleconferência com analistas e investidores sobre o resultado do terceiro trimestre de 2020. “A economia se recuperou rapidamente, superou os níveis do consumo do ano passado e isso reflete em um menor impacto da pandemia”.

No primeiro semestre do ano, a companhia reduziu o payout para 55% do lucro no período, como uma medida preventiva, diante do cenário incerto provocado pela pandemia de covid-19.

Sattamini também disse que a expectativa é que a companhia registre ainda no exercício de 2020 a repactuação do risco hidrológico (GSF). Ele lembrou que as regras para que os cálculos e as compensações sejam feitos estão sendo elaboradas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que deve emitir uma resolução sobre o tema até 8 de dezembro.

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O executivo também sinalizou que a empresa tem interesse em participar do próximo leilão de linhas de transmissão da Aneel, marcado para o fim deste ano, dentro da estratégia da companhia de ampliar seu portfólio no setor.

Sobre o projeto de Gralha Azul, que contém 15 linhas de transmissão, somando cerca de 1 mil km de extensão, no Paraná, Sattamini afirmou que espera em breve reverter ou cassar a decisão liminar que suspendeu a obra em dois trechos, por questionamento de ordem ambiental.

Perguntado sobre o projeto da nova lei do gás e as discussões no Senado para a inclusão de termelétricas inflexíveis, ou seja, que operam continuamente, o presidente da EBE destacou que o despacho contínuo dessas usinas pode afetar a produção hidrelétrica.

“Se isso for feito e não tiver compensação por deslocamento da energia hidrelétrica, quem vai estar arcando é o gerador hidrelétrico, o que não faz o menor sentido. Por isso, há uma resistência muito grande das autoridades do setor elétrico do país”

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