A Engie iniciou as obras de implantação do projeto Asa Branca, que percorrerá os estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, com cerca de 1 mil quilômetros de linhas de transmissão, incluindo a ampliação de cinco subestações associadas.
O objetivo do projeto é reforçar a interligação entre o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo com o Nordeste, a fim de escoar os elevados montantes de energia dos projetos renováveis em desenvolvimento na região. O projeto foi arrematado pela empresa no leilão de transmissão de junho de 2023.
As obras começaram na Bahia, com a implantação do trecho compreendido entre a subestação Morro Chapéu II e a subestação Poções III, cuja licença de instalação foi emitida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema). O trecho percorre 19 municípios e consiste na implantação de uma linha de transmissão de 500 kV com 334 quilômetros de extensão, além da ampliação de duas subestações associadas.
A construção do trecho deve gerar cerca de 2 mil empregos diretos na região.
No momento, a Engie opera no Brasil mais de 2,7 mil quilômetros de linhas e seis subestações próprias.
Impactos da greve do Ibama
Em teleconferência de resultados do terceiro trimestre, Eduardo Takamori, diretor Financeiro e de Relações com Investidores, falou sobre a expectativa da empresa de antecipar o projeto em 24 meses – dos 66 meses previstos em contrato – mesmo com a paralisação de servidores de órgãos ambientais, como do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).
“A gente tem uma expectativa de antecipação de mais de 24 meses, e até o momento essa expectativa está mantida, temos acompanhado de perto, temos um ótimo trabalho de apoio também, muitas interações com os órgãos licenciadores. Então, até o momento, apesar da nossa preocupação e cautela, estamos esperançosos que a gente consiga entregar dentro do nosso business plan, sem maiores atrasos”, explicou Eduardo Takamori.