![Avaria durante transporte de pá importada causou problema em parque eólico da Engie Brasil, dizem fontes Avaria durante transporte de pá importada causou problema em parque eólico da Engie Brasil, dizem fontes](https://megawhat.energy/wp-content/plugins/seox-image-magick/imagick_convert.php?width=904&height=508&format=.jpg&quality=91&imagick=uploads.megawhat.energy/2024/05/Eolica-Aerogerador-Nacelle-Siemens-Gamesa-Foto-Divulgacao-4.jpg)
Matéria atualizada*
A Engie Brasil Energia e a Siemens Energy, controladora da Siemens Gamesa, confirmaram a avaria em uma das pás de um aerogerador de 6,2 MW de potência recém-comissionado e que estava em fase de testes no complexo eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte. A informação foi publicada na noite de ontem, 5 de julho, pela Agência Mover.
A MegaWhat apurou que o problema foi em uma pá importada pela LM Wind Power, que pertence à GE. Durante o transporte, a pá teria sofrido os danos, e mesmo depois de reparada pela fornecedora, teria se rompido durante o início da operação.
A LM é uma das três fornecedoras de pás para os 70 aerogeradores do complexo, todos eles da Siemens Gamesa, somando 434 MW. No momento do incidente, havia 14 unidades em operação e teste, todas com pás da LM, por isso a Engie suspendeu a operação até a conclusão de uma avaliação.
Em nota, a Engie Brasil disse que está conduzindo avaliação detalhada nas máquinas em questão. “As causas do incidente, com danos apenas materiais, estão em criteriosa investigação técnica junto ao fornecedor do equipamento. A área onde os aerogeradores são instalados é rigorosamente isolada, sem oferecer riscos às equipes de trabalho”.
A Siemens Gamesa confirmou que a sua equipe detectou que uma das pás da sua turbina no parque eólico Santo Agostinho, se rompeu, e informou que “imediatamente iniciou uma investigação interna para determinar a causa raiz deste incidente. Até que a análise seja concluída, não podemos especular sobre a causa do ocorrido”, disse a empresa, em nota enviada à MegaWhat.
Siemens Energy
A Siemens Energy anunciou em 22 de junho que falhas acima do esperado em componentes de suas turbinas eólicas devem exigir ajustes superiores a 1 bilhão de euros. Os problemas foram identificados em janeiro de 2023 na divisão Siemens Gamesa, que foi totalmente adquirida pela Siemens Energy em 2022.
No comunicado em questão, a companhia alemã disse que ainda não era possível determinar a amplitude do impacto financeiro que terá sobre os negócios.
A notícia rapidamente respingou na cadeia de fornecedores. As ações da fabricante de pás eólicas Aeris despencaram mais de 10% no pregão seguinte ao comunicado da Siemens Energy, e se recuperou gradualmente nos dias seguintes, mas ainda em patamar que reflete a preocupação do mercado sobre o setor eólico. Como a Aeris é uma das fornecedoras da Siemens Gamesa no Brasil, a notícia levantou receios de que os negócios da fabricante de pás possam ser afetados no país daqui para a frente.
No pregão dessa quinta-feira, 6 de julho, de Frankfurt, por volta de 10h (de Brasília), as ações da Siemens Energy recuavam 1,2%, a 14,98 euros, no mesmo patamar desde que a empresa comunicou os problemas operacionais no braço de eólicas.
*Atualizado às 16h, desta sexta-feira, 7 de julho, para incluir informação adicional sobre o problema da pá fabricada pela LM Wind Power e corrigir a informação de que o fornecedor da pá poderá ser trocado. A responsabilidade pelos componentes do aerogerador é da Siemens Gamesa.