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Avaria durante transporte de pá importada causou problema em parque eólico da Engie Brasil, dizem fontes

A Engie Brasil Energia e a Siemens Energy, controladora da Siemens Gamesa, confirmaram a avaria em uma das pás de um aerogerador de 6,2 MW de potência recém-comissionado e que estava em fase de testes no complexo eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte. A informação foi publicada na noite de ontem, 5 de julho, pela Agência Mover.

Avaria durante transporte de pá importada causou problema em parque eólico da Engie Brasil, dizem fontes

Matéria atualizada*

A Engie Brasil Energia e a Siemens Energy, controladora da Siemens Gamesa, confirmaram a avaria em uma das pás de um aerogerador de 6,2 MW de potência recém-comissionado e que estava em fase de testes no complexo eólico Santo Agostinho, no Rio Grande do Norte. A informação foi publicada na noite de ontem, 5 de julho, pela Agência Mover. 

A MegaWhat apurou que o problema foi em uma pá importada pela LM Wind Power, que pertence à GE. Durante o transporte, a pá teria sofrido os danos, e mesmo depois de reparada pela fornecedora, teria se rompido durante o início da operação.

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A LM é uma das três fornecedoras de pás para os 70 aerogeradores do complexo, todos eles da Siemens Gamesa, somando 434 MW. No momento do incidente, havia 14 unidades em operação e teste, todas com pás da LM, por isso a Engie suspendeu a operação até a conclusão de uma avaliação.

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Em nota, a Engie Brasil disse que está conduzindo avaliação detalhada nas máquinas em questão. “As causas do incidente, com danos apenas materiais, estão em criteriosa investigação técnica junto ao fornecedor do equipamento. A área onde os aerogeradores são instalados é rigorosamente isolada, sem oferecer riscos às equipes de trabalho”.

A Siemens Gamesa confirmou que a sua equipe detectou que uma das pás da sua turbina no parque eólico Santo Agostinho, se rompeu, e informou que “imediatamente iniciou uma investigação interna para determinar a causa raiz deste incidente. Até que a análise seja concluída, não podemos especular sobre a causa do ocorrido”, disse a empresa, em nota enviada à MegaWhat.

Siemens Energy 

A Siemens Energy anunciou em 22 de junho que falhas acima do esperado em componentes de suas turbinas eólicas devem exigir ajustes superiores a 1 bilhão de euros. Os problemas foram identificados em janeiro de 2023 na divisão Siemens Gamesa, que foi totalmente adquirida pela Siemens Energy em 2022.

No comunicado em questão, a companhia alemã disse que ainda não era possível determinar a amplitude do impacto financeiro que terá sobre os negócios.

A notícia rapidamente respingou na cadeia de fornecedores. As ações da fabricante de pás eólicas Aeris despencaram mais de 10% no pregão seguinte ao comunicado da Siemens Energy, e se recuperou gradualmente nos dias seguintes, mas ainda em patamar que reflete a preocupação do mercado sobre o setor eólico. Como a Aeris é uma das fornecedoras da Siemens Gamesa no Brasil, a notícia levantou receios de que os negócios da fabricante de pás possam ser afetados no país daqui para a frente.

No pregão dessa quinta-feira, 6 de julho, de Frankfurt, por volta de 10h (de Brasília), as ações da Siemens Energy recuavam 1,2%, a 14,98 euros, no mesmo patamar desde que a empresa comunicou os problemas operacionais no braço de eólicas.

*Atualizado às 16h, desta sexta-feira, 7 de julho, para incluir informação adicional sobre o problema da pá fabricada pela LM Wind Power e corrigir a informação de que o fornecedor da pá poderá ser trocado. A responsabilidade pelos componentes do aerogerador é da Siemens Gamesa.

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