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Entidades pedem solução da Cemig para gargalo em novas conexões de MMGD

Com 242 mil unidades de geração distribuída e 2,7 GW em potência instalada da fonte solar, até o momento, o estado de Minas Gerais enfrenta um “esgotamento” em pontos de distribuição e de transmissão para conexão de projetos de mini e microgeração distribuída (MMGD) da fonte solar fotovoltaica, segundo Marney Tadeu Antunes, diretor da Cemig Distribuição, estatal que é concessionária de 97% do território do estado.

Entidades pedem solução da Cemig para gargalo em novas conexões de MMGD

Com 242 mil unidades de geração distribuída e 2,7 GW em potência instalada da fonte solar, até o momento, o estado de Minas Gerais enfrenta um “esgotamento” em pontos de distribuição e de transmissão para conexão de projetos de mini e microgeração distribuída (MMGD) da fonte solar fotovoltaica, segundo Marney Tadeu Antunes, diretor da Cemig Distribuição, estatal que é concessionária de 97% do território do estado.

Na avaliação de Antunes, o crescimento exponencial de pedidos de conexão na rede da Cemig entre 2019 e 2022 resultou no gargalo visto atualmente em todo o estado. A declaração do executivo foi dada durante uma audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizada nesta semana, na qual entidades representativas dos setores industriais, agronegócio e energia pediram urgência da companhia no atendimento dos pedidos de conexão de novos projetos de MMGD.

Segundo o diretor do Departamento Técnico Regulatório da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Carlos Dornellas, empresas estão enfrentando dificuldades nos pedidos de orçamento e conexão com a rede. Para ele, as avaliações feitas pela Cemig são “tímidas” 

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Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe Nogueira, defendeu que o preço e a disponibilidade da energia é que ditam a competitividade do estado no mercado nacional e mundial, o que justificaria a pressa por uma resposta da estatal. “O nosso senso de urgência contrasta com os investimentos previstos a longo prazo pela Cemig. Nosso quadro ainda é crônico. Precisamos de uma antecipação do cronograma de investimentos, será o melhor para o estado. Nossa capacidade produtiva está sendo restringida pela baixa oferta de energia”. 

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Em defesa da Cemig, o diretor Marney Tadeu Antunes, destacou que a companhia está analisando os pedidos de conexão das empresas, e lembrou que o plano de investimento de R$ 18,7 bilhão em distribuição até 2027 deve colaborar para uma solução do gargalo atual de conexões.  

Também presente na sessão, o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Guilherme Chrispim, sugeriu o uso de outras fontes para ajudar.   

“O holofote está sobre a energia solar, mas pequenas centrais elétricas de biogás, biomassa, também beneficiaram o estado todo. Podemos aproveitar a cultura do agronegócio no Sul de Minas, já que os rejeitos agrícolas podem gerar energia também. Quando olhamos para o arcabouço de possibilidades, vale um trabalho conjunto para entender os desafios e sermos protagonistas.”