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Equatorial aguarda melhor momento para desenvolver ativos solares da Echoenergia

Equatorial aguarda melhor momento para desenvolver ativos solares da Echoenergia

Enquanto trabalha na conclusão da integração da Echoenergia nas suas operações, a Equatorial aguarda o melhor momento para investir em novos ativos de geração solar fotovoltaica, que compõem a carteira de projetos da companhia adquirida. Segundo Augusto Miranda, presidente da companhia, a ideia é não perder a janela do desconto pelo uso da rede.

A Equatorial anunciou o acordo para compra da Echoenergia em outubro do ano passado, por cerca de R$ 7 bilhões. O negócio foi concluído em 3 de março deste ano.

A Echoenergia tem 1,2 GW em projetos operacionais da fonte eólica, além de um portfólio de 1,1 GW de capacidade em projetos prontos para serem construídos, sendo 10% eólicos e 90% solar.

Segundo Miranda, a Equatorial está debruçada na integração da Echoenergia, ao mesmo tempo em que analisa o pipeline de projetos a disposição. “Estamos analisando essa volatilidade do preço da placa solar, muito de olho nessa janela para não perder o incentivo do fio”, disse. 

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A companhia permanece aberta a novas oportunidades de fusões e aquisições, mas o interesse por ativos de transmissão, neste momento, está restrito a projetos que tenham retorno atrativo. Miranda afirmou que, no caso dos próximos leilões de transmissão, se a concorrência estiver muito grande e as taxas de retorno baixas, a Equatorial não terá interesse.

As declarações do executivo foram dadas durante teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre do ano passado, quando a companhia teve lucro líquido de R$ 1,4 bilhão, aumento de 1,4% na comparação com o mesmo período de 2020. 

O lucro líquido ajustado, desconsiderando eventos não recorrentes, foi de R$ 578 milhões, retração de 37,6% na mesma base de comparação, refletindo o menor resultado em transmissão, por questões contáveis, a redução do lucro da Equatorial Serviços, por conta da marcação a mercado de contratos em 2021 comparados com 2020, e pelo aumento do custo da dívida pelo aumento dos juros e da inflação.

A receita operacional líquida no período subiu 34,4%, a R$ 8 bilhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 2,3%, a R$ 1,7 bilhão.