Com concessões de distribuição em localizações desafiadoras do extremo Norte ao extremo Sul do país, a Equatorial Energia aposta em investimentos em inovação como pilar para aprimorar a percepção de qualidade do consumidor nos mais de mil municípios em que atua.
Por trás dos investimentos, que não ficam restritos ao orçamento de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), está a estratégia de inovar para ampliar eficiência operacional e, com isso, melhorar a rentabilidade do grupo. “No fim, tem que virar remuneração para a empresa, certo?”, afirma Maurício Velloso, diretor de Inovação, Clientes e Serviços do Grupo Equatorial.
A governança dos projetos de inovação é robusta e envolve uma análise criteriosa do que a empresa busca e de como os resultados serão atingidos por meio dessas iniciativas. “Costumamos dizer que inovação não pode virar só na narrativa, inovação tem que trazer resultado focado nos objetivos estratégicos do grupo”, afirma.
Não por acaso, a mesma diretoria é responsável por inovação e pelo relacionamento com clientes. “O cliente é a razão de ser do processo de inovação, que precisa resultar em melhora na prestação do serviço, na experiência do cliente”, diz o executivo.
Hub de inovação
São diversas as iniciativas do grupo, que criou um instituto próprio de ciência e tecnologia e lançou seu primeiro hub de inovação no Maranhão, o EQL Lab – onde a empresa aproveita para contribuir com a preservação histórica de um casarão no centro histórico da capital São Luís. A ideia, além de desenvolver projetos de inovação, é atrair outros agentes, como universidades e startups que contribuam com os pilares da empresa.
A percepção de melhoria da qualidade pelos consumidores é importante e direciona as iniciativas. Um dos projetos, segundo Velloso, foi a implantação de uma plataforma que transcreve todas as chamadas de voz. “Em cima disso, com inteligência artificial, conseguimos analisar o sentimento do meu cliente a partir do seu diálogo. É um dos vários projetos que temos no programa de inovação do grupo Equatorial”, explica.
Fora do orçamento de PD&I, a empresa investiu R$ 172 milhões na implantação do ADMS (Advanced Distribution Management System), uma plataforma integrada que agrega softwares capazes de fazer o controle da rede, possibilitando manobras mais rápidas, eficientes e seguras em linhas, subestações e equipamentos instalados.
“Vou ter um tempo mais rápido de resposta, uma melhor gestão da distribuição, que no fim vai significar qualidade de serviço. No fim do dia, se traduz em melhoria do DEC”, explica Velloso, se referindo ao indicador que calcula a duração média das interrupções no fornecimento em energia, para o qual há metas regulatórias que as distribuidoras devem cumprir.
Segundo o executivo, o ADMS mudou a forma de operação da companhia, devido à sua integração com outros sistemas operacionais utilizados, algo que exige muito treinamento e capacitação, o que exige ainda uma gestão cuidadosa da mudança pela companhia.
Equatorial do Oiapoque ao Chuí
Uma das empresas preferidas do mercado financeiro dentro do setor elétrico brasileiro, a Equatorial nasceu e se consolidou recuperando distribuidoras de energia em regiões desafiadoras, e nas últimas duas décadas expandiu a operação para renováveis, transmissão e saneamento, mas ainda se destaca no “turnaround” de distribuidoras. Hoje, é dona de concessões de distribuição de energia nos estados do Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Sul, Amapá e Goiás, onde atende mais de 14 milhões de consumidores.
Como as áreas de concessão em que a Equatorial atua são muito distintas, a digitalização ajuda a oferecer os serviços adequados, de um aplicativo com mais facilidades à implementação de novos totens para atendimento simplificado e acessível.
“Tenho clientes no interior do Piauí, do interior do Amapá, interior do Pará. E tenho cliente em Porto Alegre, em Goiânia. São perfis que temos que atender. O perfil do cliente de São Luís, de Teresina, muitas vezes é diferente do interior”, diz.
A futura abertura do mercado livre para todos os consumidores também pesa na análise dos serviços. “O que eu preciso é conhecer bem meu cliente, estar preparado porque esse cliente precisa estar satisfeito comigo”, afirma Velloso.