A Equatorial Energia pretende utilizar uma modelagem comercial com contratos de três a quatro anos para a comercialização dos projetos da Echoenergia, explorando o volume de consumo de energia incentivada 50% e uma visão de que o preço da fonte será ainda mais pressionado pelo aumento da demanda de novos consumidores.
Com isso, a empresa espera capturar um prêmio entre R$ 40/MWh e R$ 60/MWh acima dos valores comercializados atualmente no mercado com contratos de longo prazo, e alcançar uma faixa de R$ 238/MWh.
A estimativa foi apresentada pelo superintendente de Comercialização do grupo Equatorial Energia, Rafael Brasiliense, durante teleconferência de resultados da companhia nesta quinta-feira, 11 de novembro.
“A gente entra numa plataforma já operacional, com projetos financiados, pipeline a ser construído e contratado, mas com plataforma de comercialização dentro do grupo Equatorial que pode utilizar sua modelagem e, com isso, consegue capturar preços de mercado mais atrativos”, disse Brasiliense.
A Echoenergia é a maior aquisição da história da companhia. O portfólio vai agregar 1,2 GW de capacidade instalada para a Equatorial, mais 1,1 GW em desenvolvimento. Dos projetos em desenvolvimento quatro são da fonte solar fotovoltaica, sendo dois na Bahia, um no Piauí e outro no Rio Grande do Norte, além de uma eólica no último estado. Desses cinco parques, quatro possuem desconto no fio.
“Quando a gente busca a venda de energia, e todo o portfólio da Echoenergia é de incentivada, a gente fala de preço de energia mais o desconto no fio, que vai ser dado para quem está migrando agora. O custo de fio para eles é muito maior, então o custo de oportunidade para esses consumidores é mais interessante”, completou o superintendente da Equatorial.