
A estatal CGN assinou memorando de entendimento com o governo do Piauí para estudar a instalação de projetos renováveis. O termo foi assinado durante missão do governo brasileiro à China.
Segundo a administração estadual, o acordo prevê R$ 3,2 bilhões em investimentos e a construção de projetos das fontes eólica e solar fotovoltaica, que totalizam cerca de 1,4 GW de capacidade instalada.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, o projeto das renováveis foi incluído no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e preliminarmente recomendado para o portfólio de projetos de cooperação sino-brasileira pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China (NDRC).
O governo do Piauí também informou que o memorando prevê a implantação de um sistema de armazenamento de energia e o desenvolvimento de um projeto piloto de geração termossolar.
A companhia opera sete complexos eólicos e três solares, distribuídos pelos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. A CGN também atua no desenvolvimento de projetos de energia solar em Minas Gerais e iniciativas voltadas à produção de hidrogênio verde na Bahia.
Parceria em nuclear
Em abril deste ano, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniu, com representantes da CGN Power para discutir oportunidades de cooperação na cadeia nuclear voltada à geração renovável.
“Fortalecer a cadeia produtiva da energia nuclear, com fins pacíficos, é fundamental para a segurança energética do Brasil e para o avanço da geração de energia limpa. A CGN é referência em projetos de energia limpa, e buscamos identificar oportunidades para atuações estratégicas que ampliem a diversificação da nossa matriz energética e contribuam para a geração de emprego e renda”, afirmou Silveira.
Segundo o MME, as oportunidades de parceria com a estatal chinesa incluem transferência de tecnologia e cooperação em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com instituições como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), universidades brasileiras e outras entidades.