A KPMG divulgou o relatório “Nos trilhos da jornada digital” que tem como objetivo mostrar de forma inédita como essa a indústria está lidando, na era pós-pandemia, com temas como a digitalização, uso de novas tecnologias e de dados. O estudo contou com a participação de executivos de mais de 50 companhias dos segmentos de petróleo e gás, metais e mineração e utilidades públicas.
Quanto ao armazenamento de dados de empresas de energia e recursos naturais, o relatório identificou que apenas 23% delas capturam, integram e armazenam dados dos clientes e concorrentes. Para cerca de 19% delas, a estratégia de uso de análise de dados é fundamental para administrar os negócios.
Já 21% dos entrevistados usam técnicas avançadas de modelagem para permitir visões futuras, aprimorando a automação, a medição de desempenho e apoiando a tomada de decisão. Além disso, 17% deles dizem inovar com soluções digitais, automatizando os processos de negócios e tecnologia, com o objetivo de se tornar mais eficaz nas respostas às necessidades dos clientes e partes interessadas.
Ao mesmo tempo, outros 17% aproveitam a automação e os dados para gerenciar proativamente a tecnologia.
“Estes resultados demonstram que há um espaço enorme para que a indústria caminhe na direção da geração 4.0. As empresas estão atentas às tendências de boas práticas, embora ainda possam aprofundar alguns processos e procedimentos disruptivos. Cada vez mais, a coleta, o uso e a análise de dados serão fundamentais para entender os clientes, os produtos, os parceiros, ou seja, são essenciais ao delineamento de estratégias. Hoje, as companhias estão começando a valorizá-los a partir dessa perspectiva, mas ainda temos um caminho a trilhar”, analisa o sócio-líder do setor de Energia e Recursos Naturais da KPMG, Anderson Dutra.
No segmento de óleo e gás, o relatório identificou que apenas 26% das companhias do segmento ouvidas aplicam tecnologias disponíveis. Alguns desses recursos são drones, visualização 3D, análise de dados e inteligência artificial utilizados para melhorar a forma como é feita a gestão de ativos, reduzindo o tempo de parada das unidades de processamento e a exposição a riscos.
Segundo o estudo, 29% dos entrevistados possuem uma equipe bem-preparada para implantação de um processo de automação na indústria contra 48% que consideram não estarem aptos para aplicar esse método. Quase metade dos entrevistados (42%) afirma que as organizações estão prontas para uma mudança na matriz energética, sendo capazes de repor o portfólio de ativos pelos originados de fontes alternativas de energia.
“O relatório mostrou que um percentual pequeno de empresas de óleo e gás utiliza as tecnologias disponíveis. Por isso, a indústria ainda tem muito a fazer com relação ao processo de transformação digital que pode aprimorar a gestão do negócio”, afirma Anderson Dutra.