BNDES

Fundo Clima financia pela primeira vez projeto de gestão de resíduos no RJ

Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) em Seropédica (RJ) Crédito Ciclus (Divulgação)
Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) em Seropédica (RJ) /Crédito: Ciclus (Divulgação)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 35 milhões para a Ciclus Rio, empresa do Grupo Simpar, com o objetivo de ampliar a capacidade de operação do seu Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) localizado em Seropédica, no estado do Rio de Janeiro.

Este é o primeiro desembolso do BNDES via Fundo Clima destinado a um projeto voltado à gestão de resíduos sólidos urbanos. Além disso, a empresa também teve acesso a R$ 15 milhões adicionais, provenientes da Linha Saneamento do banco de fomento.

O CTR de Seropédica recebe, diariamente, cerca de 10 mil toneladas de resíduos sólidos, a maior parte oriunda da capital fluminense. O plano de investimentos da Ciclus no local prevê um aporte total de R$ 132,3 milhões para modernização e ampliação da infraestrutura.

Entre outras ações no CTR de Seropédica, estão previstas a ampliação da capacidade de recebimento e disposição de resíduos no aterro sanitário em 11,4 milhões de toneladas adicionais; construção de duas novas lagoas de armazenamento de chorume com volume útil total de 50 mil m³; obras de macrodrenagem pluvial; cercamento perimetral; e implantação de cinturão verde. 

Segundo o BNDES, os recursos do Fundo Clima vão apoiar a gestão adequada dos resíduos sólidos que chegam ao CTR, contribuindo com a redução de emissões de gases de efeito estufa e com a geração de energia a partir de fontes alternativas. Todo o biogás gerado no CTR é capturado e, em sua maior parte, destinado à produção e comercialização de biometano. O restante do biogás é aproveitado na geração de energia elétrica, utilizada pela própria Ciclus. 

Para Denys Marc Ferrez, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Simpar, esse aporte impulsionará a capacidade da Ciclus Rio de prover tecnologia e modernidade à gestão de resíduos.  

“Os recursos serão direcionados à expansão do nosso aterro bioenergético, contribuindo diretamente para a transição para uma economia mais circular e sustentável”, disse o executivo.