
A GE Vernova fechou contrato com a Arauco Papel e Celulose para fornecer uma subestação de energia isolada a gás (GIS) de 230 kV na primeira fábrica de celulose branqueada de eucalipto da companhia no Brasil, localizada no município de Inocência, no Mato Grosso do Sul.
O projeto da Arauco, apelidado de Sucuriú, inclui uma usina termelétrica própria, com 432 MW de potência instalada, dos quais 220 MW serão exportados para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo a GE Vernova, a GIS terá como principal função proporcionar estabilidade, segurança operacional e confiabilidade no suprimento de energia elétrica na fábrica.
O acordo entre as empresas também inclui o fornecimento de cinco transformadores de potência, além de um trecho de linha de transmissão em cabo isolado 230kV e ampliação da subestação Ilha Solteira 2. O fornecimento alimentará as cargas da planta industrial bem como viabilizará a conexão dos geradores ao SIN.
“Essa parceria com a Arauco mostra a confiança de nossos clientes na experiência da GE Vernova de trabalhar em segurança e com foco na qualidade, contribuindo à eletrificação do setor industrial por meio do incremento da confiabilidade e a resiliência em suas operações a partir de uma robusta infraestrutura elétrica”, disse Ivette Castillo, gerente regional de Grid Systems Integration para a GE Vernova na América Latina.
Gás de Sucuruí
A construção da planta de celulose deve ter início em 2025 e a previsão é que fique inicie sua operação em 2028, enquanto a térmica deve iniciar suas atividades em outubro de 2027. Segundo a Arauco, a fábrica contará com US$ 4,6 bilhões em investimentos.
O projeto contará ainda com um gasoduto da Companhia de Gás do Estado do Mato Grosso do Sul (MSGás), que foi enquadrado no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi). O objetivo do gasoduto é viabilizar a distribuição comercial de gás natural canalizado para fábrica da Arauco.
O gasoduto de 125 quilômetros (km) de extensão passará entre os municípios de Três Lagoas e Inocência e tem período de construção previsto de 1º de setembro de 2025 a 31 de maio de 2027. O contrato de fornecimento firmado entre a MSGás e a empresa chilena prevê suprimento por 20 anos, a partir de 2027, com estimativa de receita de R$ 1,2 bilhão. O investimento estimado para o gasoduto é de R$ 160 milhões.
A fábrica de celulose branqueada terá uma capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas anuais e abastecerá os mercados da Europa, Ásia, Amarica Latina e Estados Unidos.