Renovação de concessões

Governador da Bahia cobra ‘dever de casa’ da Coelba e diz que acompanhará de perto renovação

A Coelba parece não ter contemplado os interesses do empresariado e da população, aponta Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia.

Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Crédito Marcelo Camargo da Agência Brasil
Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues/ Crédito: Marcelo Camargo (Agência Brasil)

A Coelba, que recentemente anunciou investimentos da ordem de R$ 13,3 bilhões para a concessão de distribuição da Bahia, parece não ter contemplado os interesses do empresariado e da população.

Isso, pelo menos, é o que apontou o governador do estado, Jerônimo Rodrigues (PT-BA), que relatou dificuldades enfrentadas pela população e pela indústria. Segundo ele, o grupo Neoenergia não tem respeitado a população, tampouco a subsidiária Coelba tem respeitado seus compromissos de negócios.

“Eles precisam fazer o dever de casa deles, para que a gente possa fazer o nosso”, disse o governador da Bahia, durante evento de inauguração do Complexo Eólico Novo Horizonte, localizado no estado. Segundo ele, o governo baiano está atento para os investimentos e cumprimento das metas.

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“Não temos impedimentos para que seja renovado ou feito um novo contrato. Nós estamos querendo acompanhar e te ajudar [em referência ao ministro de Minas e Energia]”, disse Jerônimo Rodrigues.

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A Coelba anunciou em abril plano de investimentos que prevê R$ 13,3 bilhões para expansão e reforço do sistema elétrico da Bahia até 2027, sendo R$ 3 bilhões ainda em 2024.

No plano, são previstos aporte para a contrição de 71 subestações e mais de 4,3 mil km de rede de alta tensão. Como a concessão vence em agosto de 2027,  o diretor-presidente da Coelba, Thiago Guth, disse achar legítimo que o governo acompanhe o processo para solicitar melhoria da qualidade e dos investimentos.

>> Ouça: Distribuidoras, GD e a ‘Inversão de fluxo’.

Novos marcos para a Bahia

Jerônimo Rodrigues ainda falou que solicitou ao Senai-Cimatec que fosse elaborado um marco de descarbonização, assim como as recentes atualizações dos mapas da eólica e solar e de hidrogênio verde.

Segundo ele, o estudo sobre a descarbonização será um complemento para o planejamento do estado e, para que tenha efeito, estados e municípios precisam participar da sua elaboração.