O governo do Paraná decidiu não acompanhar o BNDES na oferta subsequente (follow on) das ações da Copel na bolsa. Segundo o Itaú BBA, a decisão é muito positiva para os acionistas minoritários da companhia, pois permite que o banco avance na oferta, mesmo se o preço de mercado estiver menor que o valor contábil das ações.
A oferta estava parada aguardando a definição do governo do Paraná se iria ou não vender as ações que excedem o controle da Copel, mas como as ações estavam negociando abaixo do valor contábil, a oferta não avançou.
“Em nossa visão, a mudança sugere que o BNDES quer avançar com a venda, finalmente removendo essa distorção e melhorando a liquidez da companhia”, escreveram os analistas Marcelo Sá e Luiza Candiota, do Itaú BBA. O banco de fomento tem 24% da Copel, totalizando R$ 4,7 bilhões ao preço de fechamento das ações de ontem.
Mesmo com a decisão de não vender as ações, o governo do Paraná informou que iria solicitar a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para reformar o estatuto da companhia estatal e permitir a sua migração para o Nivel 2 de governança da B3, independentemente da realização e liquidação da oferta. Até então, a mudança estava vinculada ao sucesso da venda das ações.
Segundo o Itaú BBA, a mudança é outra positiva para os minoritários. Se aprovada, a migração para o Nivel 2 de governança da B3 vai dar 100% de direito a tag-along aos acionistas em caso de mudança de controle, como em uma eventual privatização.