O governo federal não vê risco de concentração de mercado nas mãos de um agente privado após a privatização da Eletrobras, nos moldes do que está sendo proposto na medida provisória (MP) 1.031/2021, afirmou o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, nesta segunda-feira, 26 de abril. Segundo ele, a empresa privatizada terá menos de 30% de participação no mercado de geração, já que Itaipu Binacional e Eletronuclear não serão desestatizadas.
Além disso, Mac Cord destacou que parte da energia da Eletrobras está contratada por meio de contratos de longo prazo. Então, na prática, acrescentou ele, o poder de mercado da nova empresa nos próximos anos será relativamente pequeno.
“Quando olhamos a descotização, isso representa talvez 8% do mercado [de geração brasileiro]. E quando consideramos aquele cenário base que o próprio Ministério de Minas e Energia calculou para a descotização […] em cinco anos, então são 8% divididos por cinco anos. Estamos falando em descotizar 1,6% da energia por ano, em um mercado que, se tudo der certo e o Brasil voltar aos eixos, […] podemos voltar a crescer 4% ao ano. Não vejo um problema”, disse o secretário, durante o evento “Agenda Setorial”, promovido pelo “Canal Energia”.