Após ter um prejuízo de 765 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, a fabricante de aerogeradores dinamarquesa Vestas reduziu a previsão de receita para 2022, refletindo a retirada de suas atividades na Rússia, o efeito da guerra na Ucrânia nos seus resultados, além do cenário de negócios mais desafiador previsto para o ano.
A receita de 2022, antes projetada entre 15 bilhões de euros e 16,5 bilhões de euros, deve ficar na faixa entre 14,5 bilhões de euros e 16 bilhões de euros.
No primeiro trimestre deste ano, a Vestas fez baixas contábeis relacionadas à invasão russa na Ucrânia em atividades de geração offshore, no total de 565 milhões de euros. Para lidar com o cenário de negócios atual, a companhia também fez uma alteração estratégica nas suas prioridades.
“A crescente crise energética, contudo, também levou a um aumento no apoio político para as renováveis, a fim de aumentar a independência energética e manter os preços de energia baixos, e estamos fortalecendo nossos fundamentos para apoiar os governos e os clientes a atingirem essas metas”, disse o presidente da Vestas, Henrik Andersen.
No trimestre, a receita da Vestas cresceu 26,6%, a 2,48 bilhões de euros, enquanto o prejuízo líquido cresceu mais de 1.000%, a 765 milhões de euros. As novas encomendas cresceram 87,5% em valor, a 3 bilhões de euros, e em 46,3% em potência, chegando a 2.948 MW.
Com isso, a Vestas chegou a uma carteira de pedidos de 22,181 GW, no valor de 18,9 bilhões de euros, com mais 30 bilhões de euros em pedidos de serviços.
O crescimento das encomendas no trimestre refletiu dois novos projetos offshore em Taiwan, além do forte crescimento de turbinas onshore na América Latina, principalmente Brasil e Argentina.