A ISA Cteep (TRPL4) registrou um lucro líquido regulatório de R$ 312,3 milhões no primeiro trimestre de 2023, um crescimento de 154,7% frente ao resultado consolidado do mesmo período de 2022. Já o lucro ajustado pela participação do acionista não controlador cresceu 171,9%, e chegou a R$ 306 milhões.
A receita líquida regulatória apresentou crescimento de 24,6% na comparação com o primeiro trimestre de 2022, alcançando R$ 891,6 milhões.
A transmissora explica que o resultado é dado, principalmente, pela energização dos projetos de Três Lagoas, Biguaçu e Itaúnas, somado à energização de 78 projetos de reforços e melhorias iniciada em 2022 e encerrada no fim de março deste ano.
Outro fator para o crescimento da receita decorre do reajuste do ciclo tarifário 2022/2023, com alta de 11,73% pelo IPCA na atualização da Receita Anual Permitida (RAP), além da recomposição parcial da receita de Rede Básica do Sistema Existente (RBSE) – ressarcimento dos ativos não depreciados estendidos pela MP 579 em 2012, após o reperfilamento do componente financeiro.
O Ebitda da companhia (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) entre janeiro e março somou R$ 739 milhões, alta de 38,9% na comparação anual.
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Nesse ponto, a companhia explica que a variação decorre da entrada em operação de projetos de reforços e melhorias nos últimos 12 meses, além do reajuste inflacionário do ciclo tarifário 2022/2023, e da recomposição parcial do recebimento do RBSE a partir do terceiro trimestre do ano passado.
O resultado regulatório é considerado pelas empresas e pelos próprios analistas de mercado como mais aderentes ao retrato financeiro atual. Nesse tipo de contabilização, a receita representa os recebimentos da companhia, refletindo no seu fluxo de caixa, e os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo imobilizado.
No regulatório, a receita reflete a receita anual permitida (RAP) registrada conforme o faturamento, no prazo da concessão.
As transmissoras também reportam os resultados financeiros de acordo com as regras internacionais, conhecidas pela sigla em inglês IFRS. Nessa contabilização, os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo financeiro. A distribuição de proventos aos acionistas leva em conta o IFRS.
No critério IFRS, a Cteep teve lucro de R$ 748,9 milhões, aumento de 37,9% na comparação com o lucro de R$ 543,1 milhões obtido no mesmo período de 2022. A receita operacional líquida, por sua vez, cresceu 15,5%, a R$ 1,57 bilhão.
