A disputa entre a administração da Eletrobras e funcionários da companhia sobre o regime de trabalho terá um novo round nesta semana. Está prevista para a próxima quinta-feira, 29 de julho, uma audiência na Justiça sobre a ação movida por entidades sindicais contra o retorno ao trabalho presencial da área administrativa da holding.
Liminar obtida pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Energia do rio de Janeiro e Região (Sintergia-RJ) e a Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) impede que a Eletrobras retome o trabalho presencial, por questões de saúde, devido à pandemia de covid-19. Na prática, nenhum funcionário da empresa está autorizado a trabalhar no prédio da companhia no centro do Rio de Janeiro.
“Nossa posição enquanto representantes dos trabalhadores continua a de não retorno, levando em consideração que agora há novas variantes [do coronavírus] na cidade do Rio”, disse o diretor da Aeel Emanuel Mendes Torres, à MegaWhat.
Com relação à Eletronuclear, a MegaWhat apurou que funcionários da empresa já trabalham presencialmente no escritório da companhia, situado a metros de distância do escritório da holding. Isso porque a liminar judicial é específica à holding Eletrobras.
Com relação à Furnas, procurada pela MegaWhat, a companhia informou que, devido à pandemia, as áreas de suporte da empresa estão predominantemente em trabalho remoto. Ao todo, cerca de 60% dos trabalhadores de Furnas estão em regime de teletrabalho.
“Atividades presenciais estão sendo desempenhadas por funcionários essenciais à operação e manutenção onde a companhia possui seus empreendimentos. Desde o início da pandemia, a companhia já adotou mais de 50 iniciativas para o enfrentamento ao coronavírus, incluindo aquisição de equipamento de prevenção individual, serviços, testes e tecnologia com soluções de vanguarda em nível mundial e algumas exclusivas da empresa no cenário internacional”, completou Furnas, em nota.