O governo do Rio Grande do Sul informou que não houve entrega de propostas para aquisição do controle acionário dos ativos de geração de energia da CEEE. O evento de entrega de propostas aconteceu na manhã dessa sexta-feira, 18 de março, na B3 em São Paulo. Com isso, não haverá sessão pública de leilão dia 23 de março. Ainda não há nova data.
“Nos próximos dias, as equipes técnicas do Estado, da Companhia, do BNDES e do Consórcio Minuano farão uma avaliação de aspectos que demandem revisão, com vista ao prosseguimento do projeto de desestatização da CEEE Geração”, disse o governo gaúcho. O leilão teria acontecido, originalmente, em fevereiro, mas foi adiado por uma mudança no edital.
A CEEE-G é o último braço da estatal CEEE que ainda falta ser privatizado. A CPFL Energia arrematou a CEEE-T, de transmissão, e a Equatorial ficou com a CEEE-D, de distribuição de energia. Segundo fontes, o preço mínimo colocado para a CEEE-G, de R$ 1,25 bilhão, é considerado alto, ainda mais porque os contratos de venda de energia das usinas da companhia terminam nos próximos anos, impondo um desafio ao novo controlador na comercialização dessa energia a preços competitivos.
A desestatização da companhia foi iniciada em janeiro de 2019, e em maio do mesmo ano a Assembleia Legislativa aprovou a retirada da obrigatoriedade de plebiscito para a venda da empresa, na sequência, em julho, autorizou a privatização das empresas do Grupo CEEE.
Para a elaboração dos estudos e da modelagem do projeto de privatização, o governo do Estado firmou contrato com o BNDES. A execução dos serviços, por sua vez, foi feita pela empresa Ernst & Young Global e pelo consórcio Minuano Energia, composto pelas empresas Machado Meyer, Thymos Energia e Banco Genial.