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Light tenta liminar para suspender pagamento de dívidas temporariamente

A Light informou que ingressou com uma ação na Justiça pedindo liminares relativas a "certas obrigações financeiras", incluindo a suspensão temporária da elegibilidade das mesmas. A ação foi ajuizada em secreto de justiça e caráter de urgência, e a Light não disse qual o valor da dívida abrangido pelo pedido, nem quais os credores em questão.

Light tenta liminar para suspender pagamento de dívidas temporariamente

A Light informou que ingressou com uma ação na Justiça pedindo liminares relativas a “certas obrigações financeiras”, incluindo a suspensão temporária da elegibilidade das mesmas. A ação foi ajuizada em secreto de justiça e caráter de urgência, e a Light não disse qual o valor da dívida abrangido pelo pedido, nem quais os credores em questão.

Segundo a empresa, a cautelar é a medida “mais adequada para permitir e viabilizar a readequação e/ou equalização” da dívida abrangida pela ação. A companhia pediu também a instauração de um procedimento de mediação coletiva com as partes requeridas. 

Reportagem publicada hoje, 11 de abril, pelo Valor Econômico, aponta que no dia 15 de abril vence uma parcela de cerca de R$ 400 milhões em juros e amortização devidos pela companhia, que não teria condições de fazer o desembolso.

Na semana passada, a agência de classificação de riscos Moody’s rebaixou a nota de crédito da companhia de ‘B3’ para ‘Caa3’, uma das últimas antes do default (calote), e que indica alto risco de inadimplência. 

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A justificativa da Moody’s foi o anúncio da Light de que iria buscar postergar o pagamento de obrigações com credores, a fim de manter caixa para cumprir suas necessidades operacionais, priorizando a manutenção da concessão e do serviço prestado aos consumidores.

“O rating Caa3 implica alta probabilidade de calote, com uma média de recuperação pelos credores de 65% a 80”, disse a Moody’s, indicando que os credores perderão uma parte dos valores emprestados à companhia.

A perspectiva do rating é negativa, refletindo as incertezas em torno da companhia e a previsão de que os credores irão perder parte dos valores. Além disso, a Moody’s afirmou que o cenário da Light poderá se deteriorar ainda mais, dependendo da estratégia financeira implementada.

Sem injeção de capital, a Moody’s estima que a Light só conseguirá cumprir suas obrigações até setembro de 2023. 

A agência disse ainda que a renovação da concessão da Light é fundamental para que a situação seja revertida, a fim de aumentar a confiança dos investidores em um plano de longo prazo, considerando o fluxo de caixa futuro da companhia.

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