A Enel Distribuição São Paulo teve lucro líquido de R$ 138,5 milhões no primeiro trimestre do ano, queda de 12% na comparação com o resultado do mesmo período do ano passado.
A redução refletiu, entre outros fatores, a piora do resultado financeiro da companhia, negativo em R$ 215 milhões, 67,1% maior que o resultado negativo de R$ 128,7 milhões no mesmo período de 2020.
A receita líquida da companhia somou R$ 4,3 bilhões no trimestre, aumento de 18,3%. A variação é explicada, principalmente, pelo maior ativo financeiro setorial líquido no período, em R$ 494,9 milhões, devido à constituição de ativo regulatório no período e aumento de R$ 100,3 milhões na receita de disponibilidade do sistema.
A retração de 7,1% na energia distribuída no mercado cativo, por sua vez, teve um efeito negativo de R$ 190,8 milhões no faturamento da companhia.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 9,9%, para R$ 585,2 milhões.
No trimestre, a energia total distribuída caiu 2,9%, para 10.357 GWh. No mercado cativo, houve queda de 7,1%, para 7.295 GWh. No mercado livre, o consumo subiu 8,5%, para 3.062 GWh.
As perdas de energia subiram 1,1 ponto percentual, para 10,87% no período.
O indicador que mede duração das interrupções de energia (DEC) subiu de 5,69 horas no primeiro trimestre do ano passado para 7,64 horas, acima da referência da Aneel, de 7,31 horas.
O indicador que mede a frequência das interrupções (FEC) subiu de 3,21 vezes para 3,92 vezes. A referência da Aneel pe de 5,07 vezes.
Segundo a companhia, os indicadores foram fortemente impactados pela pandemia do covid-19, com redução do contingente operacional e impacto na cadeia de suprimento logístico. A Enel afirmou que tem realizado investimentos em tecnologia com foco em automação, e incrementou os recursos de atendimento emergencial com equipes adicionais para suprir a redução de equipes de campo.