A Engie Brasil Energia obteve lucro líquido de R$ 319 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 58,3% em relação ao resultado obtido entre abril e junho de 2020, de R$ 765,7 milhões.
O resultado refletiu, entre outras questões, o aumento de 20,7% nos custos operacionais, com destaque para as transações no mercado de energia de curto prazo, que tiveram aumento de 123,5%, para R$ 128,2 milhões; o resultado financeiro negativo em R$ 755,8 milhões, aumento de 348,4% em relação ao resultado negativo de R$ 168,5 milhões do mesmo período do ano passado; e a provisão de R$ 162,8 milhões em decorrência da intenção de venda do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda.
Segundo a companhia, o valor de venda da usina a carvão obtido em avaliação preliminar é inferior ao valor contábil da subsidiária, o que justificou a baixa contábil por impairment.
A receita operacional líquida da companhia subiu 16,6% no trimestre, para R$ 3,133 bilhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 4,4%, para R$ 1,3 bilhão.
Desconsiderando efeitos não recorrentes, como a baixa contábil por impairment e ganhos em ação judicial registrados no segundo trimestre de 2020, o Ebitda ajustado da companhia somou R$ 1,532 bilhão, alta de 19,7%.
As vendas de energia pela companhia caíram 0,4%, para 4.055 MW médios, enquanto a produção bruta de energia elétrica subiu 51,4%, para 3.316 MW médios.
O conselho de administração da Engie aprovou a distribuição de 100% do lucro líquido ajustado do primeiro semestre do ano aos acionistas sob a forma de dividendos intercalares. Serão distribuídos R$ 790 milhões, equivalentes a R$ 0,96 por ação, e as ações serão negociadas ex-dividendos a partir de 17 de agosto. A data de pagamento ainda será definida pela diretoria.