A Neoenergia teve lucro líquido de R$ 728 milhões no segundo trimestre deste ano, retração de 32% na comparação com o resultado do mesmo período de 2022.
A retração refletiu, entre outros motivos, o aumento dos custos de operação, a maior despesa com combustível para geração de energia, além de efeito contábil da transmissão. O lucro menor também refletiu a piora do resultado financeiro, que cresceu 14%, a um saldo negativo de R$ 1,3 bilhão no período.
A receita operacional líquida subiu 9%, a R$ 10,5 bilhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), por sua vez, caiu 17%, a R$ 2,66 bilhões.
A energia total distribuída pelas concessionárias da Neoenergia no trimestre cresceu 0,7%, a 16.805 GWh. No mercado cativo, o consumo ficou estável em 11.611 GWh, enquanto o consumo do mercado livre – pelo qual a distribuidora recebe pelo uso da rede, mas não pela venda de energia – cresceu 2,3%, a 5.194 GWh.
Houve crescimento no consumo no mercado cativo nas distribuidoras Coelba, Celpe e Cosern, enquanto o consumo na Elektro e na Neoenergia Brasília recuou neste ambiente de contratação. Já no mercado livre, a única concessionária que registrou retração no consumo foi a Elektro.
A energia injetada pela geração distribuída, por sua vez, cresceu 93% no trimestre, a 1.050 GWh.
As provisões para créditos de liquidação duvidosa cresceram na Coelba (62,55%), Celpe (23,28%), Elektro (93,78%) e Brasília (455,91%). Na Cosern, por sua vez, houve saldo positivo de R$ 4 milhões.