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Marco legal da GD criou um fantasma no setor de comercialização, avalia executivo

O marco legal da geração distribuída, instituído por meio da lei 14.300/2022, é um fantasma criado pelo mercado, visto a euforia gerada no setor, que corria contra o tempo para que seus projetos não pagassem encargos de distribuição, seguindo as normas impostas no regime anterior, inclusive na comercialização de painéis solares. A visão foi compartilhada por Nuno Verças, CEO da Aldo Solar e da fintech Sol Agora, durante o lançamento da Descarbonize.

Marco legal da GD criou um fantasma no setor de comercialização, avalia executivo

O marco legal da geração distribuída, instituído por meio da lei 14.300/2022, é um fantasma criado pelo mercado, visto a euforia gerada no setor, que corria contra o tempo para que seus projetos não pagassem encargos de distribuição, seguindo as normas impostas no regime anterior, inclusive na comercialização de painéis solares. A visão foi compartilhada por Nuno Verças, CEO da Aldo Solar e da fintech Sol Agora, durante o lançamento da Descarbonize.

“A mudança da 14.300 criou um fantasma completamente desnecessário, porque algumas pessoas diziam: ‘agora vai chegar a 14.300 temos que vender’. Acho que isso criou um pânico nas vendas, acelerou muito, mas gerou uma mensagem que se não fizer agora é tarde demais depois”, disse Verças em entrevista à MegaWhat.

Na visão do executivo, além de acelerar as vendas e criar receio sobre os retornos financeiros, motivados pelo próprio segmento de comercialização de módulos solares, a norma não trouxe impactos práticos significativos quando se fala de questões econômicas, “atrasando”, talvez, em alguns meses o tempo de retorno. 

Além das questões financeiras, o CEO da Aldo Solar, empresa de distribuição de equipamentos de energia solar, destaca que os integradores não sentiram os efeitos da norma, devido à falta de regulamentação da profissão.  

Descarbonize 

A Descarbonize, empresa que englobará a Aldo Solar e a Sol Agora sob o mesmo guarda-chuva, que continuaram suas atuações de forma distinta, vai desenvolver soluções para atender o mercado de energia solar via suporte técnico, assistência a regulamentações, serviços de Big Data e educacionais, a fim de auxiliar os integradores e consumidores em questões técnicas, de vendas e finanças.  

Citando dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que indicam que a geração solar distribuída ultrapassou, no início de agosto, a marca de 22,5 GW e da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), que apontam que a energia solar responde por mais de 98% do total em geração distribuída, a companhia foi criada visando o potencial do mercado no Brasil. 

“Nosso ecossistema tem o integrador e o cliente consumidor como foco. Eles estão no centro de tudo aquilo que queremos construir. O grande valor da Descarbonize é oferecer um conjunto de soluções que permitem a qualquer ator escolher e utilizar a que melhor o atende, do integrador ao distribuidor e nunca esquecendo do cliente final”, pontua Verças. 

A Descarbonize é uma empresa do portfólio de private equity da Brookfield Asset Management, que comprou a Aldo Solar em 2021.  

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